Da Imprensa da FUP – Após meses de confusão e insatisfação entre trabalhadores, a FUP conseguiu reverter a determinação da Petrobrás que exigia a remoção total de pelos faciais. A empresa confirmou que o padrão anterior foi restabelecido, permitindo o uso de bigodes e cavanhaques, desde que não comprometam a vedação dos respiradores de segurança.
Nos últimos dois meses, a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, tornou-se palco de tensões envolvendo trabalhadores diretos e terceirizados. Uma ordem interna da Petrobrás, que exigia o corte completo de pelos faciais por supostas razões de segurança, gerou confusão e questionamentos. A medida levou o Sindipetro-RS a buscar esclarecimentos, apontando dúvidas sobre sua real necessidade. Trabalhadores relataram impactos negativos, e o tema foi amplamente debatido no setor.
A atuação da FUP foi decisiva para resolver o impasse. Baseando-se em estudos técnicos de instituições como a Fundacentro e em análises das Normas Regulamentadoras, os sindicatos comprovaram que a remoção completa de pelos não era necessária para garantir a vedação dos respiradores.
Durante reuniões com a Petrobrás, a FUP e o Sindipetro-RS defenderam que a empresa respeitasse a individualidade dos trabalhadores e dialogasse sobre a aplicação de normas de segurança. A dirigente sindical Miriam Cabreira destacou ainda que a ordem havia intensificado casos de assédio moral no ambiente de trabalho.
A pressão organizada surtiu efeito. A Petrobrás revisou o padrão de proteção respiratória (PE-1PBR-01431 – Programa de Proteção Respiratória – PPR) e publicou novas orientações. O documento agora esclarece que bigodes e cavanhaques são permitidos, desde que não prejudiquem a vedação dos equipamentos de segurança.
A revisão também detalha as áreas sujeitas ao uso obrigatório de respiradores, as responsabilidades das chefias e dos trabalhadores, além de priorizar a funcionalidade dos equipamentos sem desrespeitar a individualidade. Um dos fundamentos para as novas diretrizes foi o documento da Fundacentro usado pelos sindicatos como prova de que a remoção total de pelos faciais não era necessária.
O Sindipetro-RS reforça que a segurança é prioridade para todos os trabalhadores, sejam eles diretos ou terceirizados. E alerta que regras não podem ser impostas unilateralmente, sem diálogo, nem desrespeitar os direitos individuais dos empregados. A ação da FUP e dos sindicatos evidencia a importância da mobilização coletiva para garantir um ambiente de trabalho seguro, ético e respeitoso para todos.
[Sindipetro RS]
