FUP indica rejeição da proposta de regramento da PLR 2021 e mobilização dia 11 contra punições

Reunidos nesta terça-feira, 27, no Conselho Deliberativo da FUP, as direções sindicais petroleiras avaliaram a proposta da Petrobrás para a PLR 2021 e reforçaram a necessidade de buscar um modelo de regramento mais justo e que atenda todos os trabalhadores do Sistema. A FUP, portanto, indica a rejeição da atual proposta da empresa e orienta os sindicatos a iniciarem as assembleias, assim que as subsidiárias encaminharem as minutas do acordo proposto.

Até o momento, apenas a Petrobrás formalizou em documento a proposta de regramento da PLR 2021. A empresa afirmou, desde o início das negociações, que o regramento não seria o mesmo para todo o Sistema, o que foi refutado pelas representações sindicais.

O Conselho Deliberativo da FUP reiterou que o regramento tem que atender todos os trabalhadores, independentemente da função que ocupe e da empresa em que atue no Sistema.

Essa foi a premissa defendida pela FUP no Grupo de Trabalho, que discute o regramento com a Petrobrás e as subsidiárias. As representações sindicais deixaram claro que os indicadores têm que refletir todas as áreas da empresa, pois os resultados são construídos coletivamente pelos petroleiros e petroleiras. Da mesma forma, o lucro obtido deve ser repartido entre todos os trabalhadores, da forma mais igualitária possível. Daí a importância da PLR ter um piso.

Outro ponto que a FUP reforçou no GT foi que não pode haver redução de PLR por perseguições políticas e que o texto de penalidades deve deixar explícito que conflito de interesses é o que está previsto na lei, para que não haja distorção do conceito. Além disso, os petroleiros querem que a empresa volte a fazer o adiantamento da PLR no início do ano, como sempre foi praticado, e que o acordo do regramento tenha validade por dois anos, dando uma estabilidade para todos, assim como conquistamos no ACT.

Rejeitar a atual proposta de PLR apresentada pela Petrobrás é o primeiro passo para que a FUP e os sindicatos possam voltar à mesa de negociação e buscar um modelo de regramento com menos distorções e que atenda todos os trabalhadores do Sistema.

Mobilização dia 11 contra as punições

O Conselho Deliberativo da FUP também aprovou uma mobilização nacional no dia 11 de novembro contra as punições e outras práticas antissindicais da gestão da Petrobrás, na tentativa de intimidar os trabalhadores e as organizações sindicais. Em menos de 20 dias, a empresa puniu quatro trabalhadores da Regap, que são diretores sindicais, entre os quais, dois são cipistas. Além de ilegais, as punições têm caráter político, com objetivo claro de desmobilizar a categoria nas lutas contra as privatizações.

A FUP está denunciando as práticas antissindicais da Petrobrás ao Ministério Público do Trabalho e também à Organização Internacional do Trabalho.