Da Imprensa da FUP
A FUP inicia dia 27 as rodadas de negociação com a Transpetro para implementação do plano de cargos e carreiras conquistado pela categoria. A FUP espera chegar o mais rápido possível a um entendimento com a subsidiária e garantir aos trabalhadores da Transpetro todos os avanços que foram consolidados no PCAC. A subsidiária tem um compromisso assumido com a Federação de que o novo plano de cargos conquistado na Petrobrás será a base da negociação. Esse compromisso foi referendado pelo presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e pela própria Petrobrás na carta de apresentação do novo PCAC.
A FUP foi criada para unificar as lutas e conquistas da categoria petroleira. A Federação defende, incondicionalmente, um acordo único de trabalho em todo o Sistema Petrobrás e a reincorporação da Petrobrás Transporte e da Refap, que foram desmembradas no governo FHC em consonância com o modelo neoliberal de sucateamento e privatização das empresas estatais.
Ao longo dos últimos quatro anos, a FUP conquistou o reconhecimento da representatividade sindical dos petroleiros da Transpetro e fechou em 2003 o primeiro acordo coletivo de trabalho da subsidiária. Até então, as antigas direções da Petrobrás e da Transpetro resistiam em reconhecer a representatividade da FUP e dos sindicatos petroleiros. As direções neoliberais tentavam dividir a categoria, insistindo em não reconhecer os trabalhadores da Transpetro como petroleiros. Na época, a FUP chegou a denunciar à CUT e à OIT (Organização Internacional do Trabalho) o flagrante ataque à organização sindical petroleira e intensificou a luta pelo fortalecimento da unidade da categoria.
A partir da assinatura do primeiro ACT dos petroleiros da Transpetro, a FUP vem buscando a consolidação dessa unidade, exigindo mesas conjuntas de negociação com a Petrobrás e as subsidiárias e um único acordo de trabalho para todos os petroleiros. A FUP vem também lutando, através de gestões no Congresso Nacional e no governo federal, para garantir um amplo debate nacional em torno da revisão da Lei do Petróleo, que acabou com o monopólio da Petrobrás, abriu o mercado, impôs a criação da Transpetro e permitiu a venda de ativos da Refap.
Temos avançado nesse processo, principalmente em relação à equiparação de direitos para os petroleiros da Transpetro e da Refap, que têm assegurado as conquistas dos acordos coletivos de trabalho e de PLR fechados com a Petrobrás. Em consequência dessa luta, os petroleiros da Transpetro têm hoje a garantia da AMS, dos auxílios educação, do adicional de sobreaviso, do ATS, do pagamento integral das férias e horas extras e da antecipação do 13º salário. Além disso, a luta sindical tem obtido avanços na política de SMS da Transpetro e na redução das diferenças salariais dos petroleiros da subsidiária, conquista que será consolidada com a implementação do novo PCAC.