Imprensa da FUP
Nesta quinta-feira, 01 de setembro, a FUP apresentará à Petrobrás sua proposta para o Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2015-2017, que foi renovado no ano passado em sua íntegra, após a vitoriosa greve dos petroleiros em novembro. Somente as questões econômicas serão tratadas no processo de negociação. As cláusulas sociais do Acordo Coletivo continuam vigentes até setembro do ano que vem.
Conforme aprovado na VI Plenária Nacional da FUP, os petroleiros reivindicam 5% de ganho real e a reposição da inflação do período pelo ICV/Dieese, cuja estimativa é de 8,51% (de setembro de 2015 a agosto de 2016).
Pendências do ACT
Desde o início do ano, a FUP vem cobrando da Petrobrás o atendimento das pendências do Acordo Coletivo. No dia 26 de julho, em reunião com a empresa, nada foi resolvido. Os petroleiros tornarão a cobrar na reunião desta quinta a implementação do ATS dos trabalhadores da Fafen-PR, a retomada do Benefício Farmácia, o recálculo do BPO, o convênio com o INSS, além de questões relacionadas ao avanço de nível e promoção, efetivos, benefícios educacionais, cálculo dos feriados do turno e a obrigatoriedade dos termos de ciência do código de ética.
14:04 – A direção da FUP já está na sede da Petrobrás, aguardando o início da negociação com a Petrobrás, que começa daqui a pouco.
14:12 – Os representantes da Petrobrás acabam de chegar.
14:15 – A FUP começa a reunião nesse instante registrando a gravidade do momento político que o país vive, com o golpe de Estado, que derrubou a presidenta eleita democraticamente Dilma Rousseff.
14:17 – Zé Maria, coordenador geral da FUP, afirma que os petroleiros e o povo brasileiro não têm dúvida de que houve um golpe no país e destaca que a Petrobrás foi uma ferramenta para a instauração do golpe. Ele destaca que o objetivo dos golpistas era enfraquecer a imagem da Petrobrás, fazendo a sociedade acreditar que a empresa é antro de corruptos, com o objetivo claro de entregar o Pré-Sal.
14:20 – A FUP destaca que não é correto os gestores assediarem os trabalhadores, obrigando-os a assinarem os termos de ciência dos códigos de ética. Depois, os representantes dos petroleiros falam para o assessor da presidência da Petrobrás, Pedro Roberto Oliveira Almeida, presente à reunião: a saída para a nossa empresa não é vender ativos.
14:26 – Talvez o Pedro Parente seja o único presidente de uma petroleira que não goste de reserva de petróleo, cutucou Zé Maria.
14:30 – A FUP cobra uma resposta da Petrobrás para as pendências do Acordo que ainda não foram resolvidas. Em relação ao Benefício Farmácia, a empresa informa que a partir do dia 05, os trabalhadores poderão solicitar pelo portal da AMS o reembolso dos valores gastos com medicamentos, através de um botão do Compartilhado. A ferramenta estará disponível no dia 05 para os trabalhadores da ativa, enquanto para os aposentados a ferramenta poderá ser utilizada a partir do dia 15.
14:37 – A Federação cobra da Petrobrás o cumprimento dos benefícios educacionais, regularizando o reembolso dos trabalhadores, após reiterar que a empresa está desde julho sem pagar o reembolso dos trabalhadores. Assim, foi feita a exigência de uma solução imediata para esse problema.
14:45 – A FUP também cobrou o acerto do avanço de níveis automático, cuja cláusula do Acordo Coletivo está sendo descumprida pela Petrobrás. O gerente executivo de RH, José Luis Marcusso, informou que a empresa já quitou o pagamento dos avanços de níveis por antiguidade e que resolverá nos próximos dias os pagamentos referentes aos avanços de níveis por mérito.
14:53 – Os representantes dos petroleiros tornam a ressaltar a importância da recomposição dos efetivos da Petrobrás, destacando os riscos do PIDV, que, segundo a empresa, teve inicialmente 7.700 inscritos. A FUP criticou os impactos da saída destes trabalhadores, sem qualquer critério para reposição das vagas.
15:00 – Além de aumentar os riscos de acidentes, a redução dos efetivos terá consequências graves para a empresa. “Estamos perdendo praticamente toda a geração de 80 e o conhecimento que ela nos trouxe”, alertou o coordenador da FUP.
15:08 – “A FUP relembrou que durante o Fórum de Efetivo, em maio deste ano, a Petrobrás reiterou que a saída dos trabalhadores no PIDV aumentaria a rentabilidade da empresa. Como pode a Petrobrás tratar redução de efetivo como rentabilidade?”, criticou Zé Maria.
15:24 – Outra pendência do Acordo Coletivo cobrada pela FUP é a implementação do ATS dos trabalhadores da Fafen-PR, que foi acordado com a direção da empresa no ano passado e foi uma dos principais reivindicações durante a greve de novembro.
15:31 – “Estamos indo para um ano com um compromisso que não foi cumprido pela Petrobrás. Como um diretor da companhia assina um documento, se comprometendo a implantar o ATS da Fafen-PR, e depois não tem como cumprir. É isso mesmo?”, questionou a FUP.
15:37 – A FUP destaca na mesa de negociação as duas paralisações que ocorrem nesse momento na Petrobrás, referindo-se às greve no Norte Fluminense e na SIX, no Paraná.
15:45 – A outra questão diz respeito à Bacia de Campos. Não sei se vocês estão ciente da situação, do vazamento na plataforma P-31, que puniu algumas pessoas. Devo deixar claro que nós, do sindicato, nunca trabalhamos nessa política sobre o acidente. Nós utilizamos como lição para que um outro acidente nunca venha a ocorrer, como nos exemplos da Bacia de Campos e, mais recentemente, na REDUC.
15:53 – A crítica que nós fizemos ao relatório da Petrobrás foi porque ele não contemplou o que de fato ocorreu. Representante da Petrobrás afirma que há um padrão novo na empresa de punição após a ocorrência de acidentes.
16:00 – Após ouvir todos os questionamentos e posições da FUP, a Petrobrás informou que deve se posicionar na semana do dia 12, e a reunião foi finalizada.