FUP reforça cobrança para que Petrobrás suspenda descontos do APT

Solução para o impasse pode estar próxima, conforme sinalizações da empresa

[Da comunicação da FUP]

A direção da FUP tornou a cobrar dos gestores da Petrobrás a suspensão dos descontos arbitrários que a empresa vem efetuando desde junho nos contracheques dos trabalhadores e das trabalhadoras que receberam o Adicional Provisório de Transferência (APT).

Em reunião realizada no dia 18 de julho, as direções sindicais já haviam evidenciado que não admitirão que as famílias impactadas pelas transferências compulsórias impostas no governo Bolsonaro sejam novamente prejudicadas.

Ao voltar a cobrar do RH um posicionamento sobre os descontos indevidos do APT, a FUP foi informada que a gestão da Petrobrás está buscando uma solução que resolva esse impasse o quanto antes.

O adicional foi uma prerrogativa da empresa ao transferir compulsoriamente, sem qualquer negociação prévia, milhares de trabalhadores, que, a partir de 2019, foram obrigados a deixar seus estados de origem em função do fechamento e da venda de unidades.

Além de todo o sofrimento que as transferências causaram na categoria (separação, adoecimentos e outros impactos irreversíveis sobre as famílias petroleiras), os trabalhadores também foram obrigados a mudar de regime de trabalho durante a pandemia da Covid-19.

Na reunião do dia 18/07, as direções sindicais lembraram aos gestores que, tanto as transferências, quanto as mudanças de regime de trabalho decorrentes da pandemia foram feitas por interesse da Petrobrás, assim como o pagamento do APT, como forma de mitigar os prejuízos causados aos trabalhadores.

Na época, a empresa enviou comunicados à categoria, afirmando que “não haveria devolução de vantagens de transferência pagas ou postergação do início do pagamento do APT”. Além disso, foi informado aos trabalhadores que haveria uma flexibilização da negociação com a gerência local sobre a data de apresentação no novo imóvel de lotação.

Portanto, a responsabilidade em relação a esse processo é integral da Petrobrás, como enfatizou a FUP, ao cobrar uma solução negociada que pacifique o problema criado pela antiga gestão.