Os trabalhadores de P-56 encaminharam um manifesto ao Sindipetro-NF denunciando a proibição do uso de internet na unidade, através de um email da gerência. Para utilizar a internet no horário de trabalho é preciso pedir autorização ao superior imediato. Ainda são ameaçados de receber anotações no Gerenciamento de Desempenho, no caso dos funcionários ou RDO para colaboradores contratados. E em caso de reincidência estarão sujeitos à medidas disciplinares.
Ao invés de avançar, parece que a gerência está retrocedendo. Tais atitudes são contrárias às orientações dadas em 2013 pela presidência da empresa que disponibilizou o uso das mídias sociais na internet, com responsabilidade no seu uso, seguindo os padrões corporativos de RH.
Há cerca de um mês a internet foi totalmente proibida na P-56, através de um Documento Interno da Petrobras que cortou o acesso nas salas de controle, dos operadores, manutenção, mecânica, elétrica, instrumentação e automação. Os trabalhadores denunciaram e o Sindipetro-NF levou o caso até uma reunião do RH Local. A justificativa posterior do RH foi a de que houve um engano, mas pelo visto não foi isso que aconteceu.
Para a diretoria do Sindipetro-NF é inaceitável que um trabalhador que passa 14 dias embarcado, tenha seus direitos de comunicação restringidos pela empresa. O trabalho confinado é penoso e não pode prejudicar ainda mais o trabalhador, que sem internet, nos dias de hoje, fica sem comunicação com sua casa, cônjuges e seus familiares. O sindicato vai cobrar explicações da Petrobrás sobre o caso.
Leia o manifesto:
AO SINDIPETRO NF
Viemos informar aos Srs. o cerceamento do nosso direito ao uso da internet, a bordo da Petrobrás 56, conforme e-mail enviado pelos gerentes da plataforma, a linha hierárquica, até nós funcionários de nível de execução.
É lamentável a nosso ver a forma ditatorial como nos estão sendo imposto este cerceamento do uso da internet no horário de trabalho, ainda mais que sabemos que esta determinação não coaduna com orientações superiores, padrão corporativo de RH, por ocasião ainda do exercício da presidência da empresa Sra. Graça Foster, esta através de mensagem a força de trabalho, datado de 06/11/2013, nos disponibilizou o uso das mídias sociais na internet. Após a substituição da presidência pelo Sr. Aldemir Bendine, a princípio não houve nenhuma mensagem ao seu corpo de funcionários, revogando anterior determinação da presidência da empresa quanto ao uso da internet e suas mídias sociais.
Em plena fase democrática de direitos sociais, governados por um governo de trabalhadores, cuja máxima autoridade presidencial Sra. Dilma Rousseff, vem garantindo a todos os cidadãos o livre acesso as informações, acesso a internet e mídias sociais, pontualmente nossa gerência local, ao arrepio de uma norma corporativa de RH, nos impõe tais limitações, e explicitamente agem de forma coercitiva, provocando um verdadeiro assédio coletivo à força de trabalho local. Nos tolhendo o acesso ao uso da internet em horário de trabalho, e colocando a figura do supervisor imediato como censor, no julgamento de que podemos ou não utilizar a internet, nos ameaçando de utilização do GD como forma punitiva, se constatarem a transgressão a esta determinação.
Solicitamos a intervenção desta diretoria nos canais competentes da empresa, para abolir de vez tais atitudes antidemocráticas, e de visíveis vícios ditatoriais.
Aguardando providências.