O Sindipetro-NF recebeu denúncias de que cresce o terrorismo gerencial nas plataformas da Bacia de Campos, às vésperas de uma mobilização chamada justamente para combater abusos e perseguições. Ontem, em uma reunião de rotina na plataforma P-31, um gerente disse aos petroleiros para terem cuidado com o protesto, pois “vocês não vão ter mais o PT para proteger os trabalhadores”, em claro tom de ameaça.
A P-31 é um dos casos mais crônicos de presença de comportamento autoritário por parte de gerentes. Desde o dia 26 de junho, os trabalhadores da unidade realizam Operação Padrão em razão destas arbitrariedades.
O sindicato orienta os trabalhadores a se manterem firmes, unidos, e a produzirem provas dos assédios praticados pelos gerentes, com áudios, vídeos, testemunhos ou registros em documentos. Todo este material poderá ser utilizado pela entidade para formalizar denúncias no Ministério Público do Trabalho.
Além da P-31, diversas outras plataformas registram casos de perseguições e abusos dos gerentes contra os trabalhadores. São também exemplos graves as situações vividas pelos petroleiros a P-40, P-43, P-54 e P-56.
No terminal de Cabiúnas, base que igualmente se prepara para a mobilização de 48 horas a partir do próximo dia 31, também são frequentes os relatos sobre arbitrariedades.
Em documento “Aos companheiros e companheiras”, publicado neste final de semana, o Sindipetro-NF chama a categoria à reação e denuncia os assédios (aqui).
A entidade recebe, até às 12h de hoje, atas das assembleias das plataformas da Bacia de Campos, que avaliam o indicativo de mobilização.
