O Sindipetro-NF recebeu denúncia de que o gerente da plataforma PRA-1, Valdeir Pereira de Souza Bessa, está coagindo os trabalhadores a entregarem cópia da ata da assembléia realizada na unidade nesta semana, convocada pelo sindicato para avaliar indicativos da Campanha Reivindicatória.
O objetivo do geplat é identificar as assinaturas dos participantes. O caso reflete o comportamento antissindical da Petrobrás, que acoberta o assédio moral de gerentes autoritários.
Ao gerente, o Sindipetro-NF informa que os documentos produzidos pela organização dos trabalhadores são de domínio dos próprios e do seu sindicato. Os documentos do movimento sindical não se destinam a gerentes operacionais. O sindicato envia e recebe documentos somente ao RH da empresa e ao MTE. As atas são arquivadas pelo sindicato para prova em juízo caso necessário.
Enquanto a Petrobrás não mudar o modo desrespeitoso como trata o direito de mobilização dos seus empregados, gerentes como Bessa continuarão a acreditar que podem extrapolar suas atribuições e avançar sobre direitos elementares de indivíduos que estão sob sua gerência profissional, mas não são seus escravos.
A senha contundente que deu a Petrobrás para autorizar comportamentos deste tipo foi o modo como a empresa atuou na mais recente greve da categoria. A companhia estimulou um vale-tudo, iniciando o mau exemplo pela cúpula, com o corte criminoso nas comunicações com as plataformas e o embarque de equipes despreparadas para operar as plataformas, colocando a todos sob grave situação de insegurança.
O Sindipetro-NF exige que a empresa advirta este gerente sobre a impertinência do seu comportamento, e que tal fato não volte a acontecer.