O Sindipetro-NF começou a receber os primeiros relatos de assédio a grevistas nas unidades da Petrobrás. As informações são as de que alguns gerentes se recusam a receber a solicitação de desembarque, mantendo trabalhadores em cárcere privado nas plataformas.
O sindicato adverte a estes gerentes que os trabalhadores estão amparados pela Lei de Greve e que medidas judiciais serão tomadas contra os prepostos da empresa que se comportarem dessa forma antissindical e assediadora.
O petroleiro ou petroleira que passar por esse assédio da gerência deve denunciar o caso ao sindicato ([email protected]), enviando os nomes completos dos gestores, para posterior responsabilização individual.
A entidade reafirma a sua orientação para que a categoria não permaneça embarcada em período superior a 14 dias nas plataformas, e não cumpra turnos superiores a 12 horas nas bases de terra. Essas orientações estão amparadas juridicamente e são um direito de protesto dos trabalhadores, não podendo sofrer obstáculos dos gerentes.
É muito importante que a categoria permaneça unida e em sintonia com o sindicato — atuando em grupos, não aceitando coações e não caindo em jogo de contra-informação da empresa. Os movimentos grevistas são momentos em que toda a organização dos trabalhadores é colocada à prova e a gestão da companhia se utiliza de todos os meios, boa parte deles ilegais, para buscar impedir o exercício desse direito humano básico de protesto.
O sindicato lamenta e denuncia que, ao contrário de buscar a adequação imediata aos protocolos corretos de prevenção à covid-19 — neste caso, sim, dando razão para o fim do movimento grevista —, a empresa insiste em utilizar mecanismos antigos de repressão à greve. Todas estas práticas antissindicais da gestão, no entanto, não intimidarão os petroleiros, que seguem na luta.