Gestão da Petrobrás oficializa intenção de demitir concursados da sede da Bahia

Imprensa Sindipetro Bahia – “PDV específico para o Torre Pituba (a ser criado até o final do mês de outubro/19) –  aposentadoria não será pré-requisito – ou Desligamento por solicitação do próprio empregado ou interesse da Empresa”. Essas são duas das resoluções do Recursos Humanos da Petrobrás divulgadas na manhã dessa terça-feira (24) para os funcionários da sede administrativa da empresa na Bahia.

Se o clima já era ruim no Torre Pituba, agora é péssimo, segundo relatos dos próprios trabalhadores, que se sentem pressionados e a cada dia mais angustiados com a situação.

Ao que tudo indica, a atual gestão da Petrobrás resolveu acelerar o processo de desmonte da empresa na Bahia, começando pelo Torre Pituba. Prova disto é o calendário com o plano para a desocupação do edifício com prazo até dezembro de 2019 para a transferência ou demissão da maior parte dos trabalhadores.

Além do PDV (para aposentados) e o PDV específico, a direção da Companhia oferece oficialmente o PDA –  Plano de Demissão Acordada – que, sob as regras da nova reforma trabalhista, dá ao trabalhador o “direito” de acordar sua demissão com a empresa, recebendo apenas  80% do saldo do FGTS. Nesse caso, a multa do empregador cai pela metade, tendo de pagar 20%. O trabalhador também não terá direito ao benefício do seguro desemprego, entre outras coisas.

Mais uma vez, a direção do Sindipetro Bahia orienta aos trabalhadores e trabalhadoras a não assinarem o PDV específico ou PDA. O Sindipetro está buscando soluções para esses problemas, pela via judicial, política e sindical. A categoria não está sozinha.

Os representantes do Sindipetro Bahia no Conselho Deliberativo da FUP, Jairo Batista, Deyvid Bacelar, Paulo César Martin e  Radiovaldo Costa, colocaram essa ameaça que ocorreu agora pela manhã para a direção da FUP e demais sindicatos, que estão reunidos no Rio de Janeiro.

A saída é coletiva

O ato em defesa da Petrobrás na Bahia, que aconteceu na segunda-feira (24), foi uma mostra da capacidade de mobilização da categoria e de como a união pode fazer toda a diferença em um momento como esse.

A frase “juntos somos mais fortes” nunca fez tanto sentido. O Sindipetro está fazendo a sua parte, mas de nada adiantará se a categoria não estiver disposta a ir para  a linha de frente, a sair às ruas para defender, não só os seus empregos e direitos, mas também a Petrobrás como empresa estatal, que deve permanecer na Bahia e nesse estado continuar gerando impostos e empregos para milhares de pessoas. Entendam: só há uma saída e ela é  coletiva.

[via Sindipetro Bahia]