Do Nascente – No Terminal de Cabiúnas a gestão está utilizando paliativos para manter dutos resfriados ao invés de consertar equipamentos próprios de ventilação. Sindipetro-NF encaminhará denúncias aos órgãos competentes
Para manter a exportação de gás da Bacia operando a gerência do Terminal de Cabiúnas está utilizando o sistema de incêndio para jogar água nas linhas dos Air Cooler e mantê-los refrigerados.
O sistema de incêndio tem outra finalidade que é combater possíveis chamas.
“Criaram uma rotina de abertura dos canhões de incêndio (o sistema de incêndio usa água salobra sem tratamento) nas linhas, para forçar a refrigeração. O que nos assustou foi o uso do sistema de incêndio para realizar uma tarefa que não é sua função, isto é, não está ocorrendo uma emergência de incêndio” – explica o diretor do Sindipetro-NF, Claudio Nunes.
Isso está acontecendo porque na área operacional da Estação de Compressão 2 (Ecomp 2) o sistema de refrigeração localizado na saída do gás está ineficiente. Problemas técnicos deixaram inoperantes no mínimo um ventilador de cada sistema de quatro (cada turbina tem um sistema de 4 ventiladores e no lugar existem seis turbinas) .
Na visão do sindicato, a gerência deveria realizar manutenção dos Air Cooler – responsáveis pelo resfriamento – que estão com problemas, inclusive de reposição de peças, segundo denúncias dos trabalhadores.
Outro pontos negativos dessa solução adotada pela empresa são que o uso abusivo de água salobra irá acelerar o processo de corrosão das linhas e, os trabalhadores estão tendo contato desnecessário com água não tratada. Também está havendo uma entrada excessiva de água salobra no sistema de coleta de água da chuva, que desemboca direto no rio que corta a UTGCAB, provocando a mudança de PH e o perfil da água, afetando o ecossistema.
“ Estes riscos que foram criados pelos gerentes operacional e de SMS, desrespeitam a legislação, inclusive a própria licença operacional emitida por órgãos ambientais federais e estaduais, além das normas regula-mentadoras (NR-10, NR-13, NR-12)” – denúncia Cláudio Nunes.
O Sindipetro-NF está acompanhando a situação que já se arrasta há uma semana e encaminhará denúncia ao INEA (Instituto Estadual do Ambiente) sobre a contaminação do Rio e ao Ministério Público sobre a atitude irresponsável da gestão.