Gestão Parente tenta assassinar mais petroleiros na RLAM

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Na manhã desta sexta-feira, 23, por volta das 10h35, foi registrada a segunda emergência, somente nesta semana, na RLAM, na Bahia, colocando em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

Como se não bastasse o episódio ocorrido na última quarta-feira, 21, que queimou um operador da U-6. Dessa vez, apesar da unidade estar normal, ocorreu vazamento na bateria dos trocadores C-901(nafta petróleo) que fica situada no terceiro piso da unidade (vale à pena ressaltar que são trocadores de grande porte e suas manobras requerem a presença de pelo menos 3 operadores). Foi um vazamento considerável de petróleo pelo flange de um desses trocadores de calor na linha de chegada do petróleo na U-09.

Existem seis ramais de trocadores e um ramal vazou e foi bloqueado pela operação, somente, porque ocorreu em horário administrativo, quando há três operadores e um CTO na refinaria. Mas, antes, o vazamento desceu até o piso inferior, ocorrendo a ignição na bomba de RAT, a J-903 que opera com temperatura de 350° C.

Vale ainda salientar que esta bomba, em que aconteceu o sinistro, fica situada abaixo da bateria de trocadores C-918 (nafta X ar), um combustível de difícil combate ao incêndio. Caso esta emergência tivesse acontecido à noite, quando a unidade fica menos guarnecida de pessoas o resultado, com certeza, seria outro.

A brigada foi para o combate incompleta, com apenas 9 brigadistas de um total de 18, ou seja, apenas 50% estavam presentes, pois o efetivo bastante reduzido das unidades de processo não permite que as pessoas saiam de seus locais de trabalho para arriscarem suas vidas e de colegas de trabalho. Há unidades em que o efetivo foi reduzido para apenas 1 operador, sendo este também brigadista, o que obviamente o impede de integrar a brigada.

Os nove brigadistas estavam em apoio aos competentes Técnicos de Segurança da Segurança Industrial, que, também, está com o quadro bastante reduzido por causa das saída da metade do seu efetivo (27 técnicos de segurança), devido ao PIDV.

Infelizmente, já soubemos que até técnico de segurança terceirizado querem colocar na Segurança Industrial para atuar no combate a emergências, através de empresas de corpo de bombeiro civil ou seja, terceirizando por completo a segurança industrial, colocando em risco as pessoas e as instalações da Petrobrás. Não podemos permitir que terceirizados atendam às chamadas de emergência nem atuem como brigadistas, pois estes não têm conhecimento das unidades de processo, além dessa ser uma atividade específica que deve ser feita por técnicos de segurança próprios/concursados!

O Sindipetro-NF se sensibiliza com o ocorrido e presta apoio à categoria. Vamos lutar juntos por melhores condições de trabalho.