Greve começa zero hora do dia 23

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Os petrolerios de todo país iniciam a partir da zero hora de segunda, 23, uma greve com parada de produção de cinco dias, com reavaliação no último dia.
 A greve é de ocupação. O sindicato orienta aos trabalhadores da Bacia de Campos que não entreguem as unidades, porque a Petrobras não tem pessoal capacitado para operar com segurança as unidades. O objetivo é não permitir que ocorra o que aconteceu na última greve quando a empresa operou os navios e plataformas de forma insegura, descumprindo procedimentos e diretrizes de segurança.
 As assembléias para avaliar os indicativos de rejeição da proposta apresentada pela Petrobras no dia 16 de março  ainda continuam. Até o momento 24 plataformas realizaram assembléias. A categoria está rejeitando a proposta da empresa e a greve está consolidada e começa há zero hora do dia  23.
 A medida de ocupação do heliponto foi proposta pelo Sindicato como forma de luta, para impedir o embarque de fura greves, mas a categoria preferiu não cortar os embarques e fazer a ocupação das salas de controle a bordo conforme esta no procedimento de parada.
 As bases de terra também farão assembléias para avaliar o indicativo do NF e da FUP de rejeição da proposta. Em Cabiúnas acontece às 16h de domingo,22, e na segunda,23, às 7h nas bases do PT e Imbetiba
 Na sexta, 20 a Petrobrás encaminhou um ofício à FUP lamentando o rompimento das negociações. A Federação respondeu o documento imediatamente, através de outro ofício que expõe os motivos porque a greve está mantida (veja quadro que acompanha matéria ).
 Diante de todos os fatos, os petroleiros vão a luta por seus direitos. O controle da produção deve ficar nas mãos da categoria, não entreguem suas unidades! Por isso o sindicato orienta a não entregar as unidades aos fura greves.

FUP se reúne com presidente da Petrobrás, Gabrielli

Aconteceu no dia 20, no Rio de Janeiro uma reunião da FUP com o presidente da Petrobrás. Essa reunião havia sido pedida há dois meses para discutir os efeitos da crise na Companhia, mas só aconteceu agora às portas da greve começar.
A FUP reafirmou a pauta completa, comentou sobre desgaste que tem sido a relação entre a Petrobrás e as entidades sindicais, dando como exemplo o momento atual quando a Petrobrás apresenta uma proposta insatisfatória, jogando com a divisão da categoria, após marcar-se uma greve. Segundo os presentes, o presidente apelou para o momento de crise e pediu para a categoria não entrar em greve.

Procedimentos legais

 A empresa já foi devidamente informada, dentro do prazo estabelecido de 72 horas de antecedência que a greve irá acontecer, então não aceite pressões. Todos os trâmites estão sendo cumpridos.
 Informamos também que a Diretoria do sindicato está de plantão neste final de semana, através dos celulares publicados no box acima, nas sedes do NF.

Verdades e Mentiras

O quadro apresenta a posição da Petrobrás sobre as reivindicações e a posição da categoria petroleira enviadas à Companhia através de documento da FUP.

Condições inseguras de trabalho 
Petrobras
 – Apenas confirmaram agenda, conforme compromisso assumido em mesa de negociação, com o SMS do E&P e do Abast
FUP – Em paralelo à significativa data de reuniões propostas (1º de abril), a Petrobrás nada indica no campo de medidas concretas que venham a tirar os procedimentos de segurança, saúde e meio ambiente, do papel para torná-los realidade; Estranhamos a postura, pois o índice de mortes na indústria do petróleo deveria ser tão intolerável para Vossa Senhoria quanto o é para nós;

Manutenção dos postos de trabalho 
Petrobrás
  – Não respondeu
FUP – Da mesma forma, a Petrobrás não acenou com nenhuma medida concreta a respeito, nenhuma proposta;

Extra-turno 
Petrobras
 – a Petrobras afirmou que considera esta questão resolvida na Companhia e que não a tratará em nível nacional. Os casos da REPLAN e REPAR estão na esfera judicial;
FUP – É lamentável que a Petrobrás se utilize da mesma unilateralidade com que surrupiou (suprimiu ilicitamente) esse direito dos trabalhadores, em 1998, para agora dizer que é um caso encerrado; Mais estranho ainda é que assim responda e não perceba nessa resposta um impasse negocial; Recomendamos a releitura de todas as pautas de reivindicações da FUP, desde a de 2002, o que talvez possa vos dar a medida do quanto esta questão está “encerrada”;

Regramento da PLR
Petrobras
 – a empresa propôs discussão conjunta em 4(quatro) etapas subsequentes, com aprovações em cada uma delas, quais sejam: definição de indicadores; definição de metas; critérios para definição do montantes; e parâmetros para distribuição; 
FUP – A Petrobrás se dispõe, agora, a negociar indicadores, metas, critérios e parâmetros, da mesma forma que já se propôs a negociar os mesmos em resposta às 3 vezes em que, nos últimos anos, a FUP reivindicou tal regramento; Na prática, contudo, a Empresa jamais se dispôs a tal, furtando-se a qualquer compromisso a respeito em todas as ocasiões em que, tal como agora, não apresentou nenhuma proposta concreta;

Pagamento da PLR 2008
Petrobras –
 A companhia apresentou proposta de piso de R$ 15.000,00 (quinze mil reais),  relação piso/teto de 2,5 (duas vírgula quinze) vezes, com garantia mínima de 2,15 (duas vírgula quinze) remunerações normais. Comprometeu-se ainda a envidar esforços para que o pagamento seja realizado em uma única vez, condicionado a aprovação do montante pela AGO e logo após o pagamento aos acionistas, conforme legislação; 
FUP – A incoerência entre a ostentação de um lucro recorde na página da Petrobrás na Internet, e uma proposta de PLR que divide ainda mais os trabalhadores e significa para vários segmentos um pagamento menor sobre um lucro maior, torna-a inaceitável.