Os petroleiros da Bacia de Campos iniciam nesta noite, à 0h, paralisação com duração de 24 horas. O protesto, chamado pela categoria de “Um dia sem trabalho pelo Repouso Remunerado para Todos”, é a segunda greve de advertência realizada pelos trabalhadores contra o corte no pagamento do reflexo das horas extras no repouso remunerado. A primeira paralisação, que contou com a adesão de 40 plataformas, das 46 da Petrobrás na região, foi no último dia 25 de julho.
Para a greve desta sexta, 9, estão previstas as participações, inicialmente, também de 40 unidades marítimas, que são as que realizaram assembleias e aprovaram a mobilização. Outras plataformas, no entanto, ainda podem aderir ao protesto.
Durante o dia de hoje, a diretoria do Sindipetro-NF realizou ações para tentar impedir os embarques das equipes de contingência, formadas pelos chamados “pelegos” ou “fura greve”. São gerentes, supervisores e ocupantes de outros cargos de chefias que costumam ser convocados pela empresa para manter as plataformas em operação.
No aeroporto de Macaé, o sindicato conseguiu inviabilizar o embarque do grupo que subiria para as duas plataformas de maior produção na Bacia de Campos, a P-53 e a P-56. Também houve dificuldades para o embarque dos “fura greve” da P-27. A aeronave que ia para essa plataforma apresentou problemas e não conseguiu pousar. Devido ao atraso nos voos imposto pela estratégia da direção do NF, a Petrobrás não conseguiu embarcá-los novamente.
“O dia de hoje foi muito produtivo e conseguiu causar grande constrangimento aos pelegos que estavam para embarcar e furar a greve. A diretoria fez diversas intervenções no saguão do aeroporto alertando para a situação que eles (pelegos) se colocaram e que a empresa estava colocando-os, como o fato de estarem deixando de lutar para receber um valor que é maior do que recebem para assumir o posto de supervisão”, avaliou o sindicato.
Diretores do Sindipetro-NF estão de plantão nas sedes da entidade, em Campos dos Goytacazes e em Macaé, e mantêm a categoria informada sobre o início do movimento por meio do site e pela Rádio NF (www.radionf.org.br).