[Atualizado às 13h40]
Os petroleiros completam nesta terça-feira, 04, o quarto dia de greve no Sistema Petrobrás, contra as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.
Mais de 30 unidades aderiram ao movimento, em 12 estados do país (veja o quadro abaixo). Na Bacia de Campos, os trabalhadores estão entregando a produção das plataformas para as equipes de contingência da Petrobrás e se recusando a fazer a susbstiuição dos grupos que estão embarcados. Até o final da manhã, 13 plataformas já tinham aderido às orientações do sindicato.
Na Transpetro, subsidiária da Petrobrás, a greve também avançou, com a adesão dos trabalhadores do Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB), do Terminal de Guarulhos, em São Paulo, e do Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ), em Santa Catarina.
No Espírito Santo, a greve ganhou o reforço dos trabalhadores da Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), que cortaram a rendição no turno na manhã desta terça.
No Rio de Janeiro, a Comissão de Negociação Permanente da FUP segue há quatro dias ocupando uma sala do quarto andar da sede da Petrobrás, cobrando interlocução com a gestão da empresa para suspender as demissões na Fábrica de Fertilizantes de Araucária e abrir fóruns de negociação para cumprimento do Acordo Coletivo.
Em apoio, familiares de trabalhadores da Fafen-PR permanecem desde ontem (03/02) em frente à sede da Petrobrás, em uma vigília que conta com o apoio dos trabalhadores e movimentos sociais. As demissões anunciadas pela gestão da Petrobrás começam no próximo dia 14, se não forem suspensas. A mobilização conta com participação do MPA, MAB, MST, movimentos de estudantes, Levante Popular da Juventude, UJS, UNE, MNU, CMP, entre outros movimentos organizados.
Na Fábrica, em Araucária, os petroquímicos e petroleiros completam 15 dias de resistência, acampados em frente à unidade.
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Quadro nacional nesta terça – 04/02
Amazonas
Refinaria de Manaus (Reman) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Rio Grande do Norte
Polo de Guamaré – uma comissão de base está verificando as condições de segurança nas permissões de trabalho (processamento e produção de GLP, querosene de aviação e diese)
Base 34 – trabalhadores em estado de greve
Ceará
Temelétrica TermoCeará – sem rendição no turno desde às 15h de 02/02
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor) – sem rendição no turno desde às 23h de 31/01
Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima (Rnest) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores
Terminal Aquaviário de Suape – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores
Bahia
Refinaria Landulpho Alves (Rlam) – sem rendição no turno desde às 23h de 31/01
Terminal Madre de Deus – sem rendição no turno desde as 07h de 01/02
Nos campos de produção, estão sendo realizados piquetes permanentes, com adesão dos trabalhadores próprios e terceirizados
Espírito Santo
Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) – trabalhadores cortaram a rendição no turno na manhã desta terça (04/02)
Sede administrativa da Base 61, polo de produção terrestre em São Mateus – 100% de participação dos trabalhadores terceirizados e próprios
Minas Gerais
Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Refinaria Gabriel Passos (Regap) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Rio de Janeiro
Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02
Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB) – trabalhadores cortaram a rendição do turno às 23h de 03/02.
Na noite de segunda (03/02), os trabalhadores das plataformas da Bacia de Campos, começaram a seguir a orientação do sindicato de entregar a operação das unidades para as equipes de contingência da Petrobrás. Treze plataformas da Bacia de Campos estão na Greve. Até às 14h de hoje, oito entregaram a produção (P-20, P-07, P-31, P-35, P-48, P-50, P-55 e PCH-2) para as equipes de contingência da Petrobrás e cinco cortaram a rendição (P-19, P-47, P-32 , P-37 e PCH-1). As demais tem oportunidade de manifestarem para entrar na luta e seguir a orientação de entrega das unidades e solicitação de desembarque..
No terminal de Cabiúnas, a categoria cortou a rendição às 23h de ontem. E a adesão segue alta, com os ônibus chegando praticamente vazios.
Na manhã desta terça, 4, os trabalhadores e trabalhadoras dos regimes administrativos do Norte Fluminense realizaram atraso de duas horas de atraso nas entradas do expediente.
São Paulo
Terminal de Guarulhos – adesão dos trabalhadores na manhã de hoje 04/02
Terminal de Barueri – adesão dos trabalhadores na manhã do dia 03/02
Refinaria de Paulínia (Replan) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02
Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap) – cortes alternados nos turnos
Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC) – cortes alternados nos turnos
Paraná
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02
Fábrica de Xisto (SIX) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa) – sem trabalhadores da operação e da manutenção no interior da unidade. Acampamento na porta da fábrica prossegue desde o dia 21/01
Terminal de Paranaguá (Tepar) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02
Santa Catarina
Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ) – trabalhadores aderiram à greve hoje (04/02)
Terminal de Guaramirim (Temirim) – trabalhadores aderiram à greve nesta segunda (03/02)
Terminal de São Francisco do Sul (Tefran) – trabalhadores aderiram à greve nesta segunda (03/02)
Base administrativa de Joinville (Ediville) – trabalhadores aderiram à greve nesta segunda (03/02)
Rio Grande do Sul
Terminal de Niterói (Tenit) – adesão à greve na manhã de 03/02
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) – sem rendição no turno desde as 07h de 01/02