Na próxima semana, representantes dos sindicatos petroleiros de todo país estarão reunidos em Brasília, no Conselho Deliberativo da FUP, para traçar os rumos do movimento. A greve por tempo indeterminado foi aprovada pela categoria em nível nacional e caberá ao CD definir a sua data de início.
Enquanto isso, a categoria precisa fazer a sua parte e manter a pressão, sem se submeter aos desmandos e assédios das gerências. A diretoria do NF orienta aos trabalhadores que façam setoriais e liguem para os diretores para esclarecer suas dúvidas.É importante debater sobre as suas condições de trabalho, relação com as gerências, padrões de segurança e qual o efetivo mínimo para uma operação, com segurança, das áreas operacionais.
Como o sindicato avalia, “a greve é a única arma dos trabalhadores para lutar pelos seus interesses no momento em que o governo, enfraquecido, entregou, irresponsavelmente, a gestão da empresa ao mercado. Este é o último recurso para forçar uma negociação, depois de ter entregue sua pauta há mais de 60 dias e procurar diálogo com a gestão da empresa e com o governo.”
A pauta pelo Brasil que foi aprovada por unanimidade na V Plenafup, que ocorreu em Guararema, SP, de 1 a 5 de julho, estabelece que só iniciaremos as negociações para o ACT, após discutir os pontos estruturais e o PNG do Sistema Petrobras. Além disso, a FUP não aceita reunir só com representantes da Petrobrás e quer todo o sistema representado na mesa de negociação.
Portanto, a pauta enviada unilateralmente pelas empresas entre os dias 9 e 17 não estão sendo consideradas, neste momento, pela FUP e seus sindicatos.
Mais um projeto entreguista
Durante a próxima semana, os sindicalistas estarão em Brasília também contra o Projeto de Lei 6726/13, do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), que acaba com o regime de partilha e retoma o modelo de concessão, que Eduardo Cunha quer colocar em votação seu requerimento de urgência. Se aprovada, esse PL pode entrar em votação no Plenário a qualquer momento.