“Esse congresso precisa tirar uma resolução contundente, porque não podemos mais aceitar navios afretados na região, onde todos os trabalhadores são terceirizados e apenas o fiscal é da Petrobras. Temos que combater essa prática senão ficaremos reféns na hora de negociar qualquer coisa sobre terceirização na Companhia” – afirmou o coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, no fechamento do painel sobre terceirização, muito aplaudido pela plenária.
O painel com Miguel Pereira, Diretor da Contraf/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro foi o segundo da parte da tarde. Miguel ressaltou a diferença entre intermediação ilegal de mão de obra e a terceirização, e que ambas são utilizadas para redução dos custos.
Para Miguel Pereira disse que segundo dados da RAIS de 2010 a terceirização reduziu 801 mil vagas em empregos diretos. Mostrou também que o tempo que esse trabalhador se mantém empregado é de três anos, comprovando uma alta rotatividade.
“Na Petrobrás temos cerca de 330 mil trabalhadores terceirizados para 82 mil empregados diretos. Vocês tem que pensar nessa Plenária como se faz uma greve e como se para a produção com esse contingente?” – alertou Pereira, que fechou sua apresentação comentando que o maior desafio é construir uma regulamentação que incorpore as mudanças já consolidadas no mercado e revertam a precarização resultante do processo de terceirização.
O primeiro painel sobre Conjuntura teve como palestrantes pelo PC do B, João Batista Lemos e o presidente da CUT/RS, Claudir Néspolo. Os palestrantes analisaram a crise mundial. Para João Batista, “essa crise não é esporádica é estrutural do sistema capitalista. A fase atual é de transição de um mundo polar, onde os EUA eram a grande força, para um mundo multipolar com a presença dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia e da China)”.
Claudir Néspolo levou os participantes a pensarem se o Brasil está preparado para aguentar a crise e sugeriu aos presentes à III Plenafup que ajudem a pensar a respeito e apresentem propostas para CUT a construir conjuntamente uma melhor história do país.
