A entrada da base de Imbetiba, em Macaé, volta a ser hoje espaço de um trabalho de convencimento dos petroleiros e petroleiras das áreas administrativas para que entrem na greve. A categoria está sendo recepcionada nesta manhã por diretores e diretoras do Sindipetro-NF, que destacam o crescimento do movimento e a importância da paralisação.
Cartazes, faixas, falas e atividades culturais buscam sensibilizar os trabalhadores e as trabalhadoras sobre o fato de cada um é essencial ao movimento, pois, como é histórico nas lutas sindicais, somente juntos somos mais fortes.
A categoria petroleira está em greve desde o dia 1º de fevereiro. Até o momento, na região, 23 plataformas e a base de Cabiúnas estão no movimento. Todas as bases operacionais, como as salas de controle em terra, têm indicativo de entrega da operação para a gestão da Petrobrás. Bases administrativas têm indicativo de não comparecimento ao trabalho.
Os petroleiros e petroleiras têm como reivindicação o cancelamento das cerca de mil demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), além de denunciarem o desmonte da Petrobrás — por meio da venda de ativos — e a política de preços dos combustíveis — atrelada ao dólar e ao mercado internacional — que tem causado prejuízo nos orçamentos das famílias.
O trabalho de convencimento também se estende a outros pontos de concentração da categoria. Em todos os aeroportos há diretores do Sindipetro-NF, em reunião constante com os grevistas. Os sindicalistas recepcionam os trabalhadores que chegam para o embarque e mostram a importância de não furar a greve.
Ontem, o sindicato denunciou a insegurança nas plataformas que estão sendo operadas por gestores da Petrobrás. As equipes de contingência têm sido formadas por profissionais que não têm curso de brigada de emergência e não estão preparadas para atuar, por exemplo, em casos de vazamentos, explosões e incêndios.