O descaso da gestão da Petrobrás com a política de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança) ocasionou, mais uma vez, a interdição de uma plataforma de prodiução na Bacia de Campos.
A P-40, plataforma localizada no campo de Marlim Sul, teve que ter suas atividades paralizadas depois que a Marinha esteve a bordo para uma auditoria e encontrou o TOG desenquadrado na unidade.
Segundo informações obtidas pelo SindipetroNF, a Plataforma está realizando as operações necessárias para fechar todos os poços sendo que, no momento, seis destes já se encontram fechados.
Além disso, o sindicato também teve ciência que itens como a super utilização de andaimes e a má iluminação da plataforma também foram itens que chamaram a atenção dos auditores.
Para o coordenador do Departamento de Saúde do SindipetroNF, Sérgio Borges, a interdição é, também, fruto da política de arrocho da Petrobrás que se intesificou com o neoliberalismo de Temer/Parente. “Precarização, PIDV e desinvestimento. Mais uma vez a gestão totalmente equivocada compromete a integridade das plataformas da Petrobrás, expondo seus empregados a riscos desnecessários e provocando uma interdição que resultará em prejuízos catasróficos”, afirmou Borges.
Quem vai ser punido pela parada da P-40?
Sobre a ingerência na plataforma, o coordenador do SindipetroNF, Marcos Breda, foi taxativo: “O diretoria irá cobrar, imediatamente, a responsabilização da gerência da P-40, do Ativo Marlim Sul e da Uo-Rio sobre mais esse descaso que poderia ter virado uma tragédia se não fosse a denúncia da categoria via sindicato. Vazamento de óleo é crime ambiental gravíssimo e o sindicato vai denunciar para todos os órgãos cabíveis”.
Breda ainda destacou, ainda, que as tais Regras de Ouro, até agora, se mostraram apenas uma ferramenta institucional para punir os trabalhadores e trabalhadoras e livrar a gestão da empresa “Se repararmos bem, aquelas regras de ouro na verdade são regras para arrancar o couro do peão. Não existe absolutamente nenhuma determinação para serviços de planejamento e gestão, comumente ligados as lideranças, justamente para que a empresa possa ter um método interno de assédio àqueles petroleiros e petroleiras que lutam por uma empresa mais segura”
Sindicato na CIPA da plataforma
Um item discutido com a presença do diretor do SindipetroBA e da FUP, Leonardo Urpia, já adiantava um problema na P-40 que foi encontrado pelos auditores da Marinha: o mal funcionamento do Vaso “Slop” na unidade. Urpia participou das discussões com os demais cipistas da P-40 e o sindicato irá recolher a ata de CIPA para avaliar possíveis outras denúnicas que possam garantir saúde e segurança dos trabalhadores e trabalhadoras a bordo.