Imprensa da FUP – A greve dos petroleiros entrou hoje no 9º dia e prosseguirá forte por tempo indeterminado. Os movimentos sociais, estudantis, centrais sindicais e instituições educacionais e de direitos humanos continuam apoiando a mobilização da categoria, que faz uma greve já considerada a mais emblemática dos últimos anos.
Confira a moção de apoio à greve nacional dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás, que foi divulgada hoje pelas das instituições públicas e privadas de educação do país.
Moção de Apoio à Greve dos petroleiros/as
A Petrobras Não está à Venda
Nós, instituições e organizações públicas e privadas do setor da educação e dos direitos humanos manifestamos nosso total apoio à greve dos trabalhadores/as petroleiros/as, tendo em vista que eles/elas estão nas ruas lutando por um bem comum: o petróleo brasileiro.
Há anos a Petrobras vem sendo bombardeada pela mídia e pelo capital nacional e internacional que é contra o modelo de partilha, criado pelo novo marco regulatório de 2009, que mantém sob controle mais rigoroso o usufruto da riqueza natural pelo Brasil.
Neste cenário privatista e de desmonte das riquezas coletivas, todos/as estão convocados à luta em defesa da Petrobras, compreendendo-a como uma empresa estratégica e com grande significado econômico e político para o desenvolvimento do país.
Desde 2006, com a descoberta do pré-sal, iniciou-se uma intensa mobilização liderada pelos movimentos sociais, que culminou na garantia de que parte dos recursos arrecadados fossem destinados à investimentos na educação e na saúde da população brasileira. Agora, querem roubar essa conquista.
Em setembro de 2015, diversas entidades que defendem o direito à educação foram ouvidas na ONU, por meio do Comitê sobre os Direitos da Criança, que recomendou ao Estado brasileiro, que se cumpra o Plano Nacional de Educação. Para tanto, lembrou o referido Comitê, é “preciso aumentar os fundos para o setor da educação”. Os recursos do pré-sal são respostas para isso.
Assim, como mais uma estratégia de luta pela nossa soberania e por uma sociedade justa com uma educação de qualidade, socialmente referenciada, somamo-nos aos trabalhadores/as da Petrobras, afirmando a greve como direito fundamental frente à opressão, à desigualdade social, à usurpação do bem comum.
“Somos todos petroleiros/as” porque todos/as defendemos o controle público sobre nossos recursos naturais.
Toda nossa solidariedade e todo nosso apoio à luta dos/as petroleiros/as
São Paulo, 04 de novembro de 2015. Subscrevem as seguintes entidades:
Instituto Paulo Freire (IPF)
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH)
Mandato da Vereadora Mazé Favarão de Osasco
Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
Centro de Direitos Humanos de Sapopemba
Ação Educativa