Representando a Confederação do Ramo Químico, Cibele Fogaça, comentou que essa plenária é um marco histórico para as mulheres petroleiras, que pela primeira vez organizaram encontros e trouxeram uma pauta específica para ser apreciada pelos delegados e delegadas.”Vivemos um momento diferente da democracia brasileira, por isso é necessário que os petroleiros respeitem a diversidade e as causas de gênero” – disse.
O coordenador da FUP, José Antônio Moraes, foi o último a discursar na noite de abertura. Para Moraes, essa plenária tem uma representatividade enorme para o movimento sindical petroleiro, por ocorrer pela segunda vez num assentamento do MST e reforçar a importância estratégica dessa união de forças. Moraes lembrou um grito de guerra dos companheiros: “Se o campo e a cidade se unir a burguesia não vai resistir”
“Pernambuco tem um simbolismo grande para o povo brasileiro porque aqui aconteceram muitas revoltas e saíram nomes importantes para a história brasileira como Frei Caneca, Abreu Lima – que deveria dar nome a refinaria no aqui no estado – e o ex-presidente Lula” lembrou o coordenador, emocionado.
Esse ano a Plenária acontece com a participação de mais um sindicato filiado à FUP. “Nós temos orgulho de dividir com os companheiros que esse ano fazemos a plenária com um sindicato a mais, do Sindiquímica Paraná. Os companheiros representam a ocupação da Ultrafértil e a retomada dessa planta para a Petrobras”.
Ao fechar sua fala, Moraes apresentou a informação que hoje existem 400 mil trabalhadores no setor privado, trabalhando em piores condições que o Sistema Petrobrás.No último leilão foram leiloados 189 blocos e a Petrobrás ficou com apenas três, isso quer dizer que as condições de trabalho serão baseadas na precarização nos outros blocos. “Nosso papel é ter um olhar estratégico para o que está sendo planejado pelo setor” – concluiu.