IV Plenafup: Outros expositores destacam pautas comuns entre Campo e Cidade

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Unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade, em busca de uma agenda comum de lutas sociais, também fez parte das prioridades destacadas por outros expositores da mesa de abertura da IV Plenafup, que acontece nesta noite no Assentamento Normandia, em Caruaru (PE).

Para o coordenador nacional do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Joceli Andreoli, os movimentos sociais precisam estar atentos a este momento de crise do Capital. E, neste cenário, tem destaque a necessidade de manter vigilância em relação aos recursos energéticos, especialmente do petróleo.

“Estamos em uma encruzilhada histórica. O Capitalismo está impondo ao mundo a entrega do petróleo para os interesses privados, até mesmo ao governo. Só a força popular pode resistir”, disse Andreoli.

O presidente da CUT Pernambuco, Carlos Veras, afirmou que as lutas dos trabalhadores, independentemente de estarem no campo ou na cidade, são as mesmas, lembrando o exemplo da Reforma Agrária, uma bandeira que nasce no meio rural mas é fundamental para o desenvolvimento de todo o País. Ele destacou a luta contra a ofensiva da terceirização, com a retomada da tentativa de aprovação, no Congresso, do Projeto de Lei 4.330.

Veras também chamou a atenção para a importância de resistir a todas as tentativas de criminalizar os movimentos sociais, sejam eles rurais ou urbanos. “É assim que tratam o MST, é assim que tratam os sindicalistas nos momentos de greves”, alertou.

O professor Moacir Gadotti, diretor do Instituto Paulo Freire, lembrou da Educação como área estratégica para o desenvolvimento social do País. Lembrando o educador que dá nome ao instituto, Gadotti mostrou a relação entre educação e política, mostrando que não há uma área sem a outra. Ele destacou ainda a parceria entre o instituto e a FUP no Projeto Mova Brasil, de alfabetização de adultos. Atualmente, o Instituto desenvolve nove mil parcerias com entidades dos movimentos sociais.

Outro participante da mesa de abertura, o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) afirmou que mesmo que o Brasil e a América Latina estejam passando por um grande momento, “de esperança para o mundo”, é preciso ter consciência de

Para ele, os trabalhadores querem o poder para levar adiante as mudanças necessárias para promover a justiça social, por meio de mudanças estruturais profundas. O deputado disse ainda que os movimentos sociais brasileiros e latino americanos estão sendo observados atentamente pelos trabalhadores europeus, que estão enfrentando neste momento o massacre do Capitalismo.