Delegado da base do Rio Grande do Norte na IV Plenafup, o petroleiro Marco Aurélio de Lima Azevêdo, 56 anos, está lançando hoje, no evento, o livro “Na boca da mesa – Uma energia necessária, uma luta imensurável” (Editora Queima Bucha). Aberta ontem, a Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros segue até o domingo, 9, no Assentamento Normandia, em Caruaru (PE).
A obra é uma autobiografia do trabalhador, que divide a abordagem de aspectos pessoais, e registros da história cultural da sua região e do País, com o relato da vida profissional no setor petróleo.
Empregado da Petrobrás desde 1982, Azevêdo passou por uma experiência anterior, a partir de 1977, em uma sonda de petróleo norte-americana, como radio-operador, o que contribuiu para conhecer o modo como os Estados Unidos interferiam na política brasileira e, especialmente, na área de energia.
Depois de ter entrado para a militância política e ter enfrentado o cenário do final da Ditadura Civil-Militar brasileira, o petroleiro acabou por descobrir anos depois, na Petrobrás, uma realidade onde também havia repressão e assédio.
Em um processo judicial que durou 11 anos, iniciado em 2000, Azevêdo lutou contra a perseguição empreendida por um gerente da empresa, ex-militar, mas acabou por não ver a justiça ser feita. O TST arquivou o processo em 2011 sem ter julgado o mérito.
Interessado em história e cultura, o autor afirma que trabalha em um novo livro, sobre os impactos da religião na manutenção de um Estado Laico no Brasil.
