Juiz da 1a. Vara do Trabalho de Macaé nega mandado de segurança de desembarque dos trabalhadores

O Juiz da 1a. Vara de Trabalho de Macaé atendeu ao pedido da Petrobrás e negou o mandado de segurança impetrado pelo Sindipetro-NF, no dia 16 de outubro. O argumento utilizado pelo juiz foi que a Companhia cumpriu o combinado e desembarcou todos os petroleiros em greve que estavam a bordo.

Segundo o diretor do NF, Marcos Breda, o juiz se deixou levar pelas mentiras apresentadas pela Petrobrás, de que o sindicato, ao solicitar aos petroleiros que só desembarcassem se estivesse garantido o desembarque de todos os grevistas a bordo, estávamos orientando o não desembarque. “Essa falácia da Petrobrás, escondeu a real intenção do sindicato que é a de solidariedade de classe. Não queríamos que nenhum trabalhador em greve ficasse a bordo para não sofrer com assédio moral das chefias” – afirmou Breda.

Para Normando Rodrigues, “o mandado visava garantir um bem maior, um bem à vida, o direito constitucional de liberdade de locomoção dos trabalhadores. Com a nova decisão de hoje da Justiça, os trabalhadores deixaram de ser apenas vítimas do cárcere privado da Empresa, mas se transformaram em verdadeiros “escravos” legalizados pela Justiça”.

Apesar dessa decisão da Justiça, que será questionada, o Sindipetro-NF continuará a tentativa de desembarcar todos os trabalhadores que ainda continuam em cárcere privado nas plataformas. O Sindicato mantém a orientação aos petroleiros que estão em greve a bordo de ocupar de forma ordeira e pacífica os helipontos, não permitindo voos até que todos desembarquem.