O descaso da Petrobrás com a vida voltou a causar transtornos aos usuários da AMS, a assistência médica à categoria petroleira. O Sindipetro-NF tem recebido relatos de problemas na autorização dos procedimentos. “Está havendo uma precarização da AMS que não vamos admitir”, denuncia o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.
Um dos casos acompanhados pelo NF é o de um petroleiro aposentado que, após fazer cirurgia de próstata, levou material para fazer biópsia em laboratórios de Macaé e o pedido foi recusado. Os laboratórios alegam que o pagamento não está sendo realizado. Outro petroleiro levou mais de 15 dias para conseguir uma autorização.
Bezerra explica que esta precarização é um alerta sobre o quanto a Petrobrás quer piorar o acesso da categoria a benefícios consolidados há anos. No caso da AMS, pelo Acordo Coletivo de Trabalho, o prazo para autorizar procedimentos é de cinco dias, o que a companhia está descumprindo. Pelas regras da ANS (Agência Nacional de Saúde), que é parâmetro que a empresa quer passar a adotar, o tempo máximo de espera é de 21 dias.
“É por isso que não podemos aceitar nenhum direito a menos. Entre os cortes que a Petrobrás quer fazer no ACT está esse, de tirar as cláusulas de AMS e passar tudo para o regimento da ANS, precarizando o serviço”, denuncia o coordenador do NF.
O sindicato pressiona a Petrobrás para solucionar os casos relatados à entidade, mas entende que não são isolados. Outros relatos podem ser enviados para [email protected].