RBA –
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma a Operação Lava Jato não encontrou prova ou conexão dele com contratos entre empreiteiras e a Petrobras. Mesmo assim, a acusação repetiu a anexação de três contratos da OAS e da Odebrecht em três dos processos movidos pelo Ministério Público Federal.
Segundo os advogados a estratégia faria parte de manobra dos operadores para forçar que as acusações feitas contra Lula permanecessem sob a jurisdição do juiz Sérgio Moro, da primeira instância de Curitiba.
“Você já deve ter ouvido no Jornal Nacional que Lula foi condenado por receber vantagens em troca de contratos com a Petrobrás, mas isso não é verdade nem está na sentença do caso do tríplex. O juiz Sérgio Moro não encontrou nenhum ato de Lula em relação a esses contratos, nem permitiu que recursos desses contratos fossem rastreados para verificar se foram pagas com eles vantagens ao presidente. E no fim do seu julgamento Moro disse jamais ter afirmado que qualquer recursos do tríplex tenha tido origem na Petrobrás”, o site do ex-presidente.
Segundo a defesa, não existe, em nenhum processo contra Lula, nenhum indício de envolvimento do ex-presidente em desvios na Petrobras. Nem mesmo os contratos listados pelo MPF conseguiriam estabelecer uma conexão que torne possível incriminar Lula. “Ao contrário. Nas denúncias o MP cita que Paulo Roberto da Costa, Renato Duque e Pedro Barusco teriam participado em desvios nesses contratos para beneficiar Lula, junto com o ex-presidente. Mas os três, em depoimentos como testemunha, já negaram saber de qualquer vantagem indevida destinada ao ex-presidente ou terem discutido qualquer irregularidade na Petrobrás com ele”, ressalta a nota. “Marcelo Odebrecht, réu na ação do terreno, também disse não ter, nem ele nem Lula, discutido ou tido qualquer relação com os contratos entre a Odebrecht e a Petrobrás.”
A listagem de contratos da Petrobrás foi fundamental para Moro tirar da Justiça de São Paulo as acusações contra Lula e Marisa Letícia sobre o tríplex. Na justiça paulista todos os réus foram inocentados.
“Um juiz não pode escolher quem julga. Mas a força-tarefa da Lava Jato listou artificialmente contratos da Petrobrás nos casos contra Lula para que Moro pudesse julgá–lo. E nem com seu exército de delatores que fecharam acordos com a operação conseguiram qualquer prova de envolvimento do ex-presidente com desvios na Petrobrás, muito menos qualquer relação do presidente com os contratos listados”, afirma assessoria do ex-presidente. “Nem com todo o apoio da mídia Moro conseguiu provas que permitissem apontar atos ilegais de Lula, condenando-o por atos indeterminados.”