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Editorial

A “passagem” de Cabiúnas

A guerra semântica não é novidade. Todo estrategista sabe que uma batalha começa pela comunicação. E uma das mais surradas artimanhas é a utilização de pleonasmos para amenizar situações desfavoráveis. Com a Petrobrás não é diferente, e o lançamento do momento é o tal do “passamento”. 
O Sindipetro-NF teve notícia de uma certa aplicação para o termo na semana passada, após mais um caso grave de insegurança na base de Cabiúnas, que resultou numa nuvem de gás na atmosfera, num “trancaço” do sindicato e numa comissão de investigação. Na reunião extraordinária da Cipa, da qual participaram diretores do Sindipetro-NF, a gerência do terminal informou a boa nova: o sindicato está “banalizando” a expressão “vazamento”, o mais correto tecnicamente é “passagem”.
Não é uma beleza? Vazamento agora é “passagem”. E o sindicato achando que toda vez que alguma sai do lugar de onde ele não deveria ter saído, até mesmo uma informação, de modo descontrolado, seria um vazamento. Tivemos então em nossa história “passagem” de óleo na Baía de Guanabara, algumas “passagens” de petróleo na Bacia de Campos e várias linhas das mais diversas substâncias com “passagens” nas plataformas. Estamos passados por só sabermos disso agora.
Mas há antecedentes. A categoria conhece bem um certo “pouso forçado”. Quando a empresa vem com a história de que houve um “pouso forçado” no mar todo trabalhador já sabe: caiu um helicóptero. A última tragédia começou a ser anunciada como um “pouso forçado”. Em outros episódios aconteceu o mesmo.
Sem querer enfrentar definitivamente as suas centenas de pendências de segurança – ou deveríamos chamar de “pontos de melhoria”? – a empresa tenta ganhar na palavra a batalha que está perdendo no mundo concreto. E não vão demorar para chamar “mutilação” de “desprendimento de membro corporal” e “morte” de “despedida involuntária”.
É por isso que os trabalhadores devem estar atentos às mais sutis táticas de propaganda e de amenização das situações que, no dia-a-dia, ele sabe a gravidade que envolve. Não foram poucos os acidentes, os tais “incidentes”, que a Petrobrás classificou como não graves para tentar não cumprir o Acordo Coletivo de Trabalho e incluir um diretor sindical na comissão interna de investigação – como, a propósito, fez com a “passagem” de Cabiúnas.
O trabalhador sabe na carne o risco que corre. Para o Sindipetro-NF, vazamento vai continuar sendo vazamento. E “passagem” é quando morre, por exemplo, uma vítima de acidente no trabalho.

Espaço aberto

Relato de um trabalhador de P-35

Petroleiro da Bacia de Campos*

Acordei às 06:00 como de costume, me dirigi ao refeitório, tomei o meu café e já me preparava para trabalhar quando fui surpreendido pela técnica de enfermagem, na porta do refeitório, pedindo auxílio para socorrer alguém que estava passando mal. 
No camarote 104 havia um funcionário caído ao lado da cama, este teve trauma na cabeça devido a queda, logo após veio a reação em cadeia e mais três funcionários passaram mal e começaram a perder os sentidos. Foi acionada a sala de rádio e sala de controle e pediram a evacuação de todas as pessoas do casario para a área externa no ponto alternativo de emergência, já havia e eu não sabia, mais duas pessoas na enfermaria, elas também foram removidas, a outra ação foi avisar em todos os camarotes para acordar quem ainda estava dormindo, foram acordados mais quatro colegas que se não tivessem saído, fatalmente, iriam entrar em óbito. A concentração de CO chegou a 100ppm, isso mesmo, 100ppm de gás inerte. Outra ação foi desligar o sistema de ar condicionado o que foi feito imediatamente.
Mesmo sabendo da gravidade da ocorrência a produção não foi cessada, estávamos fazendo gás inerte e os operadores da sala de controle ficaram trabalhando usando conjunto autônomo. Acreditem!
O sinistro foi percebido aproximadamente às 06:00. A aeronave do resgate aeromédico pousou na Unidade às 09:00. Foram prestados os primeiros socorros e ministrado oxigênio durante cinco minutos para cada paciente. Vale salientar que aproximadamente 80% dos residentes apresentavam estado de dor de cabeça, tontura e vômito.
Vinte e duas pessoas precisaram ser desembarcadas, destas, quatro mereciam cuidados especiais, inclusive o empregado que bateu a cabeça e um outro que vomitava muito e sentia fortes dores de cabeça.
Foi detectado que a causa do incidente foi um “rombo” na descarga do soprador de gás inerte SP-1000B que estava funcionando à noite devido ao off-loading. O CO foi para a atmosfera e não para o tanque, como a renovação do ar condicionado de acomodações é próximo a exaustão da sala de gás inerte (um erro do projeto da P-35), o mesmo succionou todo o gás inerte inibindo assim o oxigênio do casario.
Se este fato ocorresse de madrugada certamente estaríamos hoje lamentando o maior genocídio da história da indústria petroleira mundial.

* Texto apócrifo, de acordo com política de publicação descrita abaixo.

Figuraça da semana

O que a mídia não mostra

“Desde 17 de setembro, milhares de pessoas estão acampadas numa praça próxima a Wall Street, o principal centro financeiro do mundo capitalista, em Nova York. Elas protestam contra o “1% de ricaços dos EUA que exploram 99% da sociedade” e que são culpados pela grave crise econômica que abala o país desde 2008, gerando desemprego, despejos e miséria”. Você leu isso em algum lugar  da mídia tradicional? O autor do texto acima, o jornalista Altamiro Borges, também não. Ele explica que o movimento chamado Occupy Wall Street foi convocado pelas redes sociais e teve como referência as revoltas na Espanha e no mundo árabe. Há assembleias diárias, debates e atividades culturais. Artistas famosos, como o diretor de cinema Michael Moore e a atriz Susan Sarandon, já participaram.

Geral

Gás tóxico vaza mas produção não pode parar

Em reconhecimento indireto, Petrobrás admite presença de 
CO em P-35, como “subproduto do CO2”

Na primeira nota sobre o caso, empresa demonstrou orgulho pelo fato de a produção não ter sido “interrompida em nenhum momento

 A Petrobrás demonstrou nesta semana, na prática, a tese do presidente da companhia, José Gabrielli, de que a produção só para quando os fiscais determi-nam. Na segunda, 26, vazou monóxido de carbono (CO) na plataforma P-35 e 22 petroleiros foram intoxicados. Na primeira nota sobre o caso, a empresa se apressou em tranquilizar o mercado: “a produção não foi interrompida em nenhum momen-to”.  
 Também na divulgação do caso, a empresa afirmou que os trabalhadores foram atingidos por Dióxido de Carbono (CO2). De acordo com apuração do sindicato, no entanto, a verdade é a de que os petroleiros foram intoxicados por Monóxido de Carbono (CO), que é muito mais lesivo. 
 Relato de um trabalhador que estava na unidade, publicado no Espaço Aberto desta edição e no site do NF, confirma a exposição ao Monóxido de Carbono e a gravidade do caso, que resultou no desembarque e internação de 22 trabalhadores. A produção foi mantida por trabalhadores que utilizaram equipamentos autônomos (máscaras para respiração)
 Todos os trabalhadores já receberam alta médica. Uma comissão interna de investigação, que tem a participação do sindicato, foi formada pela Petrobrás para apurar o caso. A P-35 é uma das plataformas que esteve interditada por órgãos fiscalizadores por falta de segurança.

CONFISSÕES E ATOS FALHOS – Texto da Petrobrás, no blog Fatos e Dados, revela que mesmo diante da gravidade da intoxicação de 22 petroleiros, o que importa é não interromper a produção. Em outra nota, após denúncia do sindicato, empresa admite indiretamente a presença de Monóxido de Carbono (CO), que é tóxico, na P-35, como subproduto do Dióxido de Carbono (CO2). Companhia inicialmente divulgou que gás que atingiu os trabalhadores foi o segundo, menos lesivo.

Cabiúnas: NF quer participação na apuração do vazamento

 A gerência do Terminal de Cabiúnas não considerou suficientemente grave o vazamento de gás ocorrido na unidade na quinta, 22. A tática burocrática tem como objetivo não incluir um diretor do Sindipetro-NF na comissão de investigação do caso, o que é garantido pelo ACT para casos graves. 
 O vazamento, que a empresa prefere chamar de “passagem” (veja editorial desta edição), aconteceu por volta das 9h e durou aproximadamente 35 minutos. Vazou gás LGN (Líquido de Gás Natural) da unidade 296 (UPCGN-I) e foi formada uma nuvem no local. Foi o quinto vazamento de grandes proporções no Tecab desde 2008.
 Na manhã da sexta, 23, toda a diretoria do Sindipetro-NF, que estava reunida em seminário de planejamento em Rio das Ostras, se deslocou para o Tecab e promoveu um “trancaço” por duas horas. No mesmo dia, os diretores Gedson Almeida, Vitor Carvalho e Ilma de Souza participaram de reunião extraordinária da Cipa do terminal e fizeram várias cobranças pela resolução de pendências de segurança da unidade.
Comissão e brigada
 O Sindipetro-NF está tomando medidas jurídicas para garantir a participação da entidade na comissão de investigação do vazamento. O sindicato também cobra o cumprimento de compromisso de implantação de uma brigada dedicada, integrada, entre outros profissionais, por bombeiros e técnicos de segurança.

Eleições na Petros 
Votação só até hoje. Participe

Da Imprensa da FUP

 Termina hoje a eleição para os representantes dos trabalhadores nos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros. Não deixe para votar na última hora. Sua participação é fundamental para garantir a gestão paritária do fundo de pensão, que é um dos principais patrimônios da categoria. 
 A FUP e seus sindicatos indicam o voto nas chapas 22 para o Conselho Deliberativo e 32, para o Conselho Fiscal. Os candidatos Paulo César e Danilo (22) e Daniel Samarate e Jorge Silva (32) foram indicados por unanimidade pelos delegados que representaram a categoria petroleira no XV Confup. Eles têm compromisso em defender e lutar pelos interesses e direitos dos participantes e assistidos, diferentemente de outros candidatos que no passado prejudicaram os trabalhadores e aumentaram as dívidas e distorções do Plano Petros.
 Para derrotar os candidatos da direita, vote 22 e 32. Esclareça suas dúvidas e conheça as propostas de Paulo César, Danilo, Daniel e Jorge, acessando o blog www.votepetros22e32.com.br.

Geral

Após reposição, luta por ganho real

Negociações começam com a defesa dos diversos pontos da Pauta

 A FUP deu continuidade nesta terça, 27, à negociação com a Petrobrás e subsidiárias para pactuação do Acordo Coletivo de Trabalho 2011-2013. Os petroleiros defenderam as principais reivindicações da categoria referentes a salários, AMS, benefícios, terceirização, anistia, responsabilidade social e adicionais. Na rodada de negociação de ontem, a FUP apresentou à empresa as reivindicações de saúde e segurança, condições de trabalho, efetivos, relações sindicais, inovações tecnológicas e segurança no emprego.  
 Ao final da reunião desta terça, a FUP cobrou a data em que a Petrobrás apresentará sua contraproposta. A empresa, no entanto, propôs realizar rodadas de negociação temáticas focadas em Petros, AMS e benefícios educacionais.  A FUP frisou que a pauta da categoria deve ser respondida integralmente, ressaltando que as reivindicações dos trabalhadores foram apresentadas à empresa há quase um mês, a maioria delas pleitos já exaustivamente discutidos nas campanhas passadas.  
 A Petrobrás apresentou à FUP o termo de compromisso de antecipação da reposição do IPCA dos últimos 12 meses, em atendimento a uma das reivindicações econômicas da categoria. As subsidárias informaram que também concordam em antecipar a reposição da inflação, como reivindicou a FUP na reunião preliminar de discussão do Acordo Coletivo, realizada no último dia 19. A BR Distribuidora ainda aguarda avaliação da diretoria. 
 Ao defender os principais pontos da pauta de reivindicação, a FUP ressaltou a importância da valorização dos salários e ganhos reais não só para os trabalhadores, como para a economia e o desenvolvimento do país. Gerar e distribuir renda tem sido um dos principais antídotos para a crise econômica, ao contrário do pensamento retrógrado que permeia alguns setores do governo e das empresas estatais de que aumento de salários gera inflação. A FUP frisou que o mercado especulativo é o que gera inflação e não os salários. Os petroleiros reivindicam 10% de ganho real, além da reposição da inflação pelo ICV/Dieese.  
 A FUP voltou a criticar a decisão unilateral da Petrobrás de alterar o PCAC, concedendo automaticamente dois níveis aos profissionais Júnior, através do “programa de aceleração de carreiras” implantado pela empresa sem discussão com os sindicatos. A FUP cobrou tratamento isonômico para os demais trabalhadores, através da extensão destes níveis aos petroleiros Pleno e Sênior, inclusive das subsidiárias. Na reunião de ontem, as subsidiárias já haviam informado que também irão acelerar as carreiras dos profissionais Júnior, nos mesmos moldes da Petrobrás. 
 Entre as principais reivindicações destacadas pela FUP estão o pagamento da HE de todos os feriados trabalhados no turno (dobra-dinha); implantação dos adicionais de penosidade e passagem de serviço de turno; aumento do adicional noturno de 20% para 50%; regulamentação do regime de trabalho da Malha do Gás (Transpetro); implantação dos adicionais de manutenção e segurança dos terminais terrestre e faixas de dutos, bem como de manutenção e apoio operacional das estações de compressão, áreas de válvulas e pontos de entrega de gás.

Alguns pontos em pauta:

– Fortalecimento das CIPAS 
– Participação do sindicato em todas as comissões de investigação de acidentes, independentemente do tipo de ocorrência.
– Primeirização de todos os postos de trabalho permanentes.
– Recomposição dos efetivos
– Segurança no emprego – implantação da Convenção 158 da OIT no Sistema Petrobrás
– Implantação de quiosques para promover a inclusão digital
– Extensão da licença maternidade de 180 dias para as mães adotantes.
– Abono de cinco faltas ao ano
– Implantação do turno para os trabalhadores da manutenção
– Extensão do acordo do Dia de Desembarque, firmado com o Sindipetro-NF, para todas as bases
– Regramento das PLRs futuras
– Implantação do Plano Petros 2 na Transpetro

Baixe a íntegra da Pauta de Reivindicações do sistema Petrobrás em www.sindipetronf.br

Curtas

P-51
No domingo, 18, um problema de compressão na P-51 causou descarte de gás para a atmosfera e depois um grande flash ou explosão. As consequências da ocorrência só não foram maiores em razão da posição favorável de vento no momento. O site do NF publicou matéria sobre o caso.

Benefícios
Está disponível no blog Petros 22 e 32 (www.votepetros22e32.com.br) estudo da consultoria Rodarte e o parecer sobre as previsões do AOR (Acordo de Obrigações Recíprocas), dos Termos Individuais e do artigo 41 do Regulamento vigente da Fundação. O material serve para uma melhor interpretação da desvinculação dos benefícios complementares em manutenção.

BANCÁRIOS
A greve nacional dos bancários começou forte na terça, 27,  com a participação de 25 estados e de Brasília. O único estado que não havia parado era Roraima,  que também aderiu à greve. A categoria fechou 4.191 agências e centros administrativos, nacionalmente, superando o resultado do primeiro dia do movimento no ano passado, que foi de 3.864 unidades paralisadas. A tendência é de ampliação da greve. No Rio de Janeiro, mais de 16 mil dos 32 mil bancários da cidade pararam.

Comunicação
Seminário da CUT-RJ discute atuais desafios da comunicação sindical, nos dias 13 e 14 de outubro, no Rio. As inscrições estão abertas até o dia 3 de outubro e devem ser feitas por meio de formulário eletrônico no site da central no estado (www.cutrj.org.br).

Super Outubro
A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) se prepara para liderar em outubro uma extensa agenda de mobilizações em todo o País. A principal reivindicação diz respeito à luta por mais recursos do Orçamento da União para as áreas sociais, em contraposição à política de juros altos e de superávit primário adotada pelo governo.

Curtinhas
** Filme que registra reações e comentários de Lula enquanto ele assiste imagens de si mesmo feitas 30 anos atrás, o “Lula Relembra 1a Conclat 30 Anos Depois”, terá sessão de lançamento no próximo dia 10, na Cinemateca de São Paulo. 
** Informe ao sindicato as suas condições de acesso à internet em sua unidade ou base administrativa pelo e-mail[email protected]. Seu relato ajuda a planejar as estratégias de comunicação da entidade.
** Disponível nas sedes do NF a nova edição da Revista Imagem. Pegue a sua ou leia em www.sindipetronf.org.br.

Normando

Está tudo muito bem na Petrobrás

Normando Rodrigues*

19 de agosto de 2011. Helicóptero sai de P-65 e cai com a morte de todos a bordo. Em resposta, cumprindo deliberações de mais de um congresso da categoria, o Sindipetro-NF convoca greve de 24h para o dia 22 de agosto. Foi o início de uma caminhada.
Muitos não entenderam. Afinal, o acidente foi um caso fortuito, isolado, e está tudo bem na Petrobrás, não é mesmo?
Será? O que ocorreu desde 22 de agosto?
P-10 foi interditada pelo MTE. Pousos difíceis, alguns bem arriscados, foram registrados em P-53, P-35 e P-15. Uma equipe de P-40 passou por 2 panes de aeronaves para conseguir embarcar. Houve princípio de incêndio em P-12. P-20 foi interditada em ação conjunta do MPT, MTE e ANP. Um incêndio matou um trabalhador a bordo do N/T “Diva”. Um flash gigantesco só não matou em P-51 por causa da direção do vento. Cabiúnas teve o 5º vazamento significativo em menos de três anos. Dezenas de trabalhadores foram intoxicados por monóxido de carbono em P-35.
Isso apenas em 35 dias, e somente na base territorial do Sindipetro-NF.
Mas está tudo bem na Petrobrás! Muito bem!
A Transpetro, que deve ter muito a esconder, descumpriu o ACT e formou comissão para investigar o vazamento de 22 de setembro sem a participação do Sindipetro-NF. Ingressamos com ação para garantir o direito à apuração da verdade, mas nos deparamos com um Juiz do Trabalho segundo o qual “certamente o ocorrido foi só um caso fortuito, afinal trata-se de uma empresa do porte da Petrobrás”.
Em resumo, a Petrobrás não ouvirá ninguém em negociações, e os juízes também não ouvirão, enquanto os próprios petroleiros se recusarem a gritar, bem alto, por “GREVE”!
* Assessor jurídico do Sindipetro-NF e da FUP. [email protected]