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Dia Internacional da Mulher

Muito além do comercial de cerveja

Cresce na sociedade o questionamento acerca da utilização da imagem da mulher como objeto sexual na publicidade e em programas da mídia em geral

Do Núcleo Piratininga de Comunicação

 As mulheres consideram que, além de nem um pouco atrativa, a exibição dos corpos femininos em peças publicitárias e na mídia em geral contribui para uma desvalorização do gênero. Essa conclusão faz parte da pesquisa Mulheres brasileiras e gêneros nos espaços público e privado, elaborada pelo Instituto Perseu Abramo em parceria com o Sesc de São Paulo. O estudo, feito no ano passado, faz uma análise das opiniões e percepções femininas acerca de diversas vertentes da sociedade. A ideia foi fazer um complemento à pesquisa realizada no ano de 2001. Foram inseridos novos temas e também foi feito um contraponto com as ideias masculinas: além de 2.365 mulheres, 1181 homens também foram entrevistados.
 Um dos temas abordados neste ano foi a opinião das mulheres a respeito da imagem que a mídia (veículos e também a publicidade) faz da figura feminina. E os resultados mostram que a grande maioria está descontente com a exposição do corpo feminino. De todas as entrevistadas, 80% consideram ruim a exposição do corpo na TV e na publicidade. Há nove anos, na pesquisa anterior, esse índice era de 77%.

Mulheres desaprovam excessos

 Dentre as pesquisadas que desaprovam o excesso de exibição feminina, 51% consideram que valorizar o corpo implica um subjulgamento geral da figura da mulher. “Esse índice mostra um amadurecimento da reflexão sobre a imagem da mulher. O percentual de desaprovação já era alto em 2001 e agora cresceu mais. Isso mostra que elas estão conscientes de que a mídia, muitas vezes, impõe padrões que não são reais e que não representam a figura feminina”, argumenta Gustavo Venturi, professor do departamento de sociologia da Universidade de São Paulo e um dos coordenadores da pesquisa.
 Outro dado interessante da pesquisa é que a grande maioria das mulheres (74%) é a favor de algum tipo de controle (governamental ou do próprio mercado) sobre o teor do conteúdo exibido pela publicidade e pela mídia. “Esse índice nos causou bastante surpresa porque é comum a sociedade reagir de maneira negativa a qualquer possível ideia de controle ou censura”, pontua o pesquisador.

Plenária em Campos vai organizar para Marcha

NF promove evento, junto a outros sindicatos cutistas na região, para contribuir na organização das lutas das mulheres e divulgar a Marcha das Margaridas, que acontece em agosto, em Brasília

No final deste mês o Sindipetro-NF realiza, junto a outros sindicatos cutistas e a CUT-RJ, o evento “Mulheres de Opinião. Mulheres que Falam”, com o objetivo de mobilizar as mulheres da região para a Marcha das Margaridas. A plenária aberta a toda a sociedade está prevista para acontecer no auditório do Staecnon (Sindicato do Saneamento), em data ainda a ser confirmada e divulgada no Nascente.
  Marcha das Margaridas é um evento que pretende levar a Brasília, em agosto, cerca de 30 mil mulheres. A ideia é orientar mulheres e homens quanto ao Combate a Violência às Mulheres. A manifstação acontece a cada três anos.
Publicações
Estão disponíveis nas sedes do NF exemplares da publicação “O Dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas”, editada pelo Núcleo Piratininga de Comunicação em tiragem patrocinada pelo sindicato.
 O livreto mostra que foram as trabalhadoras socialistas que deram origem à data. Há informações históricas interessantes acerca dos primeiros movimentos de emancipação da mulher e até sobre a escolha do lilás como cor símbolo da luta feminina.
Ainda há, também, exemplares de outra publicação, distribuída pelo sindicato no ano passado, que interessa aos que se dedicam á militância contra a violência de gênero. Trata-se da cartilha “Direitos da mulher vítima de violência doméstica e familiar”, que traz o detalhamento dos direitos obtidos a partir da chamada Lei Maria da Penha (11.340/2006). Entre outros avanços, a nova legislação passou a tipificar e definir a violência doméstica e familiar contra a mulher, casos que, antes, eram negligenciados em delegacias. Há, ainda, um capítulo específico sobre a forma como as denunciantes devem ser atendidas pela polícia.
Na terça, 8, a Rádio NF marcou o Dia Internacional da Mulher com uma programação musical somente com cantoras, além de notícias e spots sobre as lutas femininas.