Leia o conteudo do Primeira Mão 804 de 28/05/2007

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PCAC: Mobilizada, categoria aguardanova proposta até terça-feira (29)

 

Concluídas as rodadas de negociação

com a Petrobrás, onde foram

apresentadas as reivindicações dos trabalhadores

para o novo plano de cargos,

a FUP e seus sindicatos filiados

deram prazo até terça-feira (29) para a

empresa apresentar uma nova proposta

de PCAC que atenda os anseios da

categoria. Nas recentes paralisações

de 24 horas convocadas pela FUP, os

petroleiros deixaram claro que a categoria

está disposta a brigar por um

plano de cargos justo.

Por isso, a FUP já convocou um

Conselho Consultivo no dia 04 de junho

para se posicionar sobre a nova proposta

da Petrobrás, após avaliação dos

sindicatos junto às bases. O Conselho

Consultivo também discutirá um novo

calendário de mobilizações, caso a empresa

não avance no atendimento das

principais reivindicações apresentadas

pela FUP na mesa de negociação.

A insatisfação da categoria com a

atual proposta de PCAC é geral. Os

trabalhadores demostraram a sua indignação

nas paralisações de 24 horas

e também nos diversos manifestos e

abaixo-assinados com críticas à proposta

da Petrobrás, cujos questionamentos

foram encaminhados pela FUP

à Gerência de RH.

De norte a sul do país, os petroleiros

cobram um novo plano de cargos demo-

crático e transparente, que estabeleça

igualdade de condições para que todos

possam ter oportunidade de ascender na

carreira, com critérios claros e objetivos,

previamente definidos pela empresa e

pelos trabalhadores. A categoria aguarda,

mobilizada, que a nova proposta da

Petrobrás garanta estes avanços. Com a

resposta, a empresa.

 

FUP reúne-se com a Transpetro para PCAC único

 

A FUP reuniu-se nesta sexta-feira

(25) com a Gerência de RH da Transpetro

para cobrar que o novo plano de

cargos negociado com a Petrobrás seja

abrangente aos trabalhadores da subsidiária.

A FUP reconhece que o novo

PCAC deve respeitar algumas especificidades

da Transpetro e quer negociar

estas questões com a subsidiária, mas

ressaltou que a maior parte dos cargos

são similares aos da Petrobrás.

A FUP enfatizou que é inaceitável

que trabalhadores cedidos pela holding

e trabalhadores próprios da Transpetro

atuem no mesmo ambiente de trabalho,

executando as mesmas funções e com

planos de cargos diferentes.

A Transpetro informou que montou

um grupo de trabalho para discutir alterações

no plano de cargos, tendo como

base o novo PCAC. A subsidiária disse

que apresentará à FUP o resultado do

trabalho dentro de 30 dias. A Federação

deixou claro que o plano de cargos

em negociação com a Petrobrás deve

ser abrangente também à Transpetro.

 

Repactuação: Petrobrás ainda não apresentou cálculo das suas dívidas com o Plano Petros

 

 

Em reunião realizada dia 24, a Petrobrás

referendou as propostas apresentadas

pela FUP para melhoria do

Regulamento do Plano Petros. Agora,

as mudanças nas cláusulas que foram

objeto da repactuação serão encaminhadas

ao Conselho Deliberativo para

aprovação e em seguida submetidas à

Secretaria de Previdência Complementar

(SPC). A Petrobrás também apresentou

à FUP a minuta do Acordo

Judicial nos autos da Ação Civil Pública,

que será agora avaliada pelas assessorias

da Federação.

A empresa, no entanto, ainda não

apresentou à FUP o cálculo das dívidas

que tem com o Plano Petros, nem o

contrato para o pagamento dessas dívidas

conforme previsto no Acordo de

Obrigações Recíprocas (AOR). A Petrobrás

agendou uma nova reunião na

próxima quinta-feira (31) para tratar

desses dois pontos.

A FUP criticou a morosidade da

empresa no processo de implementação

do AOR e, conseqüentemente, o

atendimento das conquistas obtidas pelos

participantes e assistidos do Plano

Petros que repactuaram. Todo o processo

depende do Acordo Judicial nos

autos da Ação Civil Pública referente

aos pontos que foram acordados no

AOR. Para isso, é preciso que a FUP e

os sindicatos aprovem os valores das

dívidas que serão pagas pela Petrobrás,

assim como o contrato da dívida.

Vencida esta etapa, o Acordo Judicial

será submetido ao DEST e também

ao Conselho Deliberativo da Petros

e à SPC, que deverão aprovar

ainda as alterações no Regulamento do

Plano Petros referentes às cláusulas

que foram repactuadas.

Somente ao final de todo este trâmite,

serão implementadas as mudanças

regulamentares: nova forma de reajuste

dos benefícios, paridade contributiva,

redução do limite de idade para

o grupo 78/79 e revisão dos cálculos

das pensões, com pagamento dos novos

valores dos benefícios e seus respectivos

retroativos – IPCA (1,04%) a

setembro de 2006 e demais ítens a abril

de 2007.

 

A vergonhosa rotina pelega

dos sindicatos dissidentes

 

A campanha conduzida pela FUP

para buscar um PCAC democrático e

transparente para todos os trabalhadores

do Sistema Petrobrás traz mais uma

vez à tona o latente conflito de identidade

que vivem os companheiros das bases

dos sindicatos que se desfiliaram da

Federação. Agrupados numa pseudo

frente (ilegal e sem legitimidade política),

esses sindicatos, que outrora somavam-

se às trincheiras de luta da categoria,

agora seguem na direção contrária,

aliando-se às gerências para impedir

mobilizações e cercear a liberdade de

opinião dos trabalhadores.

Dois momentos recentes de embate

na nossa categoria expuseram claramente

o vergonhoso comportamento

pelego e de direita destes pseudos dirigentes

sindicais. Nas paralisações de 24

horas convocadas pela FUP, eles não

tiveram o menor pudor em pressionar as

gerências locais para tentar impedir a

adesão dos trabalhadores ao movimento,

alegando, entre outros absurdos que a

greve era ilegal.

Essa política de aliança com as

gerências já havia sido desmascarada na

campanha de repactuação do Plano

Petros, quando eles utilizaram do mesmo

expediente para tentar bloquear o acesso

da FUP nas unidades durante o debate

com os trabalhadores. Este comportamento

pelego, autoritário e anti-sidical

tem se tornado rotina no dia-a-dia da

categoria petroleira nas poucas bases

desses sindicatos dissidentes, onde a

“FeNaPe” é tratada como frente nanica

dos pelegos.

“Chama o gerente” virou palavra

de ordem deles quando os dirigentes ou

militantes da FUP visitam as unidades

para distribuir boletins, conversar com

os trabalhadores ou participar das assembléias.

Não é de se estranhar o

conflito de identidade que vivem os trabalhadores

destas bases. Afinal, quem

representa quem ou o quê? Este é um

debate urgente que precisamos fazer

com muita transparência. A categoria

petroleira corre o risco de pagar caro

pela divisão imposta por um grupo nanico

de divergentes forças políticas cujo

único objetivo comum é se contrapor à

FUP. As bandeiras deste agrupamento

são pautadas pelas sucessivas tentativas

de derrubada e desmobilização das lutas

da nossa Federação. Conseqüentemente,

estão na contramão dos interesses e

reivindicações da categoria como um

todo.

No meio desta disputa, o trabalhador

mais consciente recusa-se a servir

de massa de manobra (a mobilização do

último dia 23 chamada pela frente foi um

fiasco!) e as gerências oportunistas se

fortalecem com a divisão. A categoria

terá que escolher o rumo que tomará na

luta em curso pelo PCAC e na campanha

reivindicatória que se aproxima.

Avançar ou retroceder?

Na eleição para os Conselhos Deliberativo

e Fiscal da Petros, retrocedemos.

Nossa categoria, que tanto lutou

contra a ditadura e os regimes autoritários

e neoliberais, referendou através do

voto o retorno de ex-dirigente e antigos

subservientes de administrações passadas

da Petros, que tantos prejuízos causaram

aos trabalhadores. Prejuízos estes

que, após anos de luta, resolveremos

através da repactuação do Plano Petros.

A tal frente, que foi atropelada

pelos trabalhadores na campanha pela

repactuação, apostou suas fichas no acirramento

da disputa entre repactuados e

não repactuados para eleger figuras como

Paulo Brandão, Yvan Barreto e Fernando

Siqueira, gerentes de governos militares

e de direita.

A abstenção dos participantes da

ativa nas eleições (apenas 31% dos votantes)

contribuiu para um resultado nas

urnas que não expressou como deveria

todos os segmentos da nossa categoria.

Os três conselheiros eleitos (titulares e

suplentes) são todos aposentados e contrários

à repactuação do Plano Petros,

que foi referendada por 73% dos participantes

e assistidos.

As incoerências e contradições

do processo eleitoral da Petros pode

colocar em risco conquistas importantes

para o Plano Petros e os embates futuros

dos petroleiros em relação à previdência

complementar. Um retrocesso que deve

servir de alerta para a categoria e intensificar

a luta pela unidade nacional.

 

 

FIQUE DE OLHO

Comissão de Anistia

encerra-se no dia 30/06

A Comissão Interministerial de Anisitia,

criada em janeiro de 2004 em cumprimento

da Lei 10.790/03, que trata da

anistia dos trabalhadores do Sistema

Petrobrás demitidos e/ou punidos em

função de participação em movimentos

reivindicatórios ocorridos entre setembro

de 1994 e setembro de 1996. A FUP

orienta todos os trabalhdores que ingressaram

com requerimentos e ainda

tenham pendências que entrem em

contato imediatamente com os seus

representantes na Comissão, Gildásio e

Caetano, através dos e-mails:

[email protected]

[email protected]

[email protected]

A Comissão anistiou 88 demissões,

443 advertências, 269 suspensões e 750

punições de trabalhadores que não receberam

níveis e/ou aumento por mérito

por participação nas greves de 94 e 95.

Além disso, ao longo de sua existência,

a Comissão contribuiu de forma decisiva

para trazer de volta aos quadros da

Petrobrás 966 trabalhadores anistiados

das extintas Interbrás e Petromisa.

 

Mobilizações da CUT

contra a Emenda 3

invadiram as ruas de

todo o país no dia 23

 

Mais uma vez, os trabalhadores brasileiros

foram às ruas para exigir que o

Congresso Nacional mantenha o veto

do presidente Lula à Emenda 3. Manifestações

pelo país a fora organizadas

pela CUT no Dia Nacional de Lutas em

defesa da classe trabalhadora e contra

a direita e os neoliberais reuniram milhares

de trabalhadores, estudantes, funcionários

públicos, agricultores, trabalhadores

sem terra, dirigentes sindicais,

integrantes de movimentos sociais e

grande parte das militâncias e lideranças

de esquerda.

A CUT já discute a possibilidade de

convocar uma grande greve geral para

barrar os setores conservadores do Congresso

Nacional na tentativa de derrubada

da Emenda 3.