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O que constrói conquistas e fortalece a organização dos trabalhadores no enfrentamento ao patrão? Unidade ou sectarismo? A história da luta de classes comprova que a unidade é vital para os trabalhadores e a principal estratégia para derrotar o capital. Os petroleiros sofreram nos últimos anos uma divisão imposta por setores da categoria que em nada contribuíram para as lutas e conquistas dos trabalhadores. Pelo contrário. Fragmentaram a organização nacional dos petroleiros e fortaleceram as gerências na disputa ideológica, acirrando a divisão entre a ativa e os aposentados e estimulando o individualismo.  Farta desta situação, a categoria está protagonizando um movimento de reconstrução da unidade nacional e de fortalecimento da FUP. 
No Maranhão, os petroleiros foram à luta, se organizaram e criaram seu próprio sindicato, filiando-o à Federação. No Rio Grande do Sul, a Chapa 3, de oposição à atual direção do Sindipetro, venceu a eleição com o apoio da FUP e assumirá o comando do sindicato no dia 01 de junho. No Sindipetro-MG, a Chapa 01, que representa a atual direção, apoiada pela FUP, também venceu a eleição. No Sindipetro-RJ, os trabalhadores deram um grande passo na reconstrução da unidade nacional ao votarem expressivamente na chapa apoiada  pela FUP, que venceu na ativa (leia a matéria abaixo).
Nas próximas semanas, haverá eleições no Sindipetro-NF ( trecho editado pela imprensa do NF) e em Sergipe/Alagoas. Vamos juntos em frente, reconstruir a unidade nacional petroleira e fortalecer a nossa Federação para garantirmos novas conquistas.  A fragmentação enfraquece os trabalhadores e, portanto, interessa aos patrões. Nestas eleições, vote nos candidatos que defendem o maior patrimônio da categoria: a unidade nacional!

Petroleiros do Rio dizem sim à unidade

Os petroleiros da ativa filiados ao Sindipetro-RJ deram um passo importante nestas eleições para a reconstrução da unidade nacional da categoria. A Chapa 2, de oposição e apoiada pela FUP, venceu o pleito na ativa, confirmando que a maioria dos trabalhadores da base quer sim o retorno do sindicato à Federação. Mesmo com a evasão de mais de mil associados que o Sindipetro-RJ sofreu nos últimos anos, fruto da insatisfação da base com a divisão imposta pelos atuais dirigentes, a chapa apoiada pela FUP conquistou a maioria dos votos da ativa. 
Apesar disso, a atual direção foi reeleita com os votos capitaneados entre os aposentados. A Federação reconhece a vitória da Chapa 1, mas lamenta que a direção do sindicato continue acirrando a divisão entre ativa e aposentados, fragilizando a luta dos trabalhadores. Sabemos da importância dos companheiros aposentados nas conquistas da categoria, mas o enfrentamento ao capital só é possível através da organização e luta dos que produzem. É preocupante que um sindicato classista dê as costas para os trabalhadores da ativa, priorizando a pauta dos aposentados.

Chapa 1 vence eleição no Sindipetro PR/SC

Após cinco dias de eleição, os petroleiros do Paraná e de Santa Catarina concluíram nesta sexta-feira, 06, o pleito. A Chapa 1 – Unidade e Luta é a nossa História venceu a eleição com 975 votos.  A Chapa 2 – Lutar para Renovar conquistou 143 votos. A FUP parabeniza a chapa vencedora e todos os companheiros que conduziram democraticamente o processo eleitoral.

Insegurança na Bacia de Campos: em 2010, Petrobrás realizou 1.730 desembarques por acidente ou doença

Apenas 221 ocorrências foram registradas em CATs

Números obtidos extra-oficialmente pelo Sindipetro-NF revelam que a Petrobrás realizou no ano passado nas plataformas da Bacia de Campos 1.730 desembarques em razão de acidentes de trabalho ou adoecimento. Os dados são referentes ao período de 01 de janeiro e 08 de dezembro de 2010. O sindicato tem solicitado os dados completos da empresa, referentes aos anos de 2008, 2009 e 2010, mas a Petrobrás se recusa a enviar as informações.
O documento extra-oficial obtido pelo Sindipetro revela que 380 desembarques foram feitos com petroleiros próprios e 1.350, com trabalhadores terceirizados.
Além de reforçar a insegurança crônica que vivem os trabalhadores nas plataformas, o documento denuncia que a empresa continua subnotificando os acidentes, desrespeitando o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acordado com o Ministério Público do Trabalho.  Dos 1.730 desembarques realizados, apenas 221 foram registrados como CAT, sendo que 35 ocorrências pela Petrobrás e 186, pelas empresas contratadas.

Benzeno: FUP se mobiliza para barrar ataque da Petrobrás

A FUP esteve esta semana em Brasília, no Ministério do Trabalho e Emprego, para questionar a tentativa da Petrobrás de alterar o Acordo Nacional de Benzeno, ao querer impor em suas unidades um “limite de tolerância” à exposição do trabalhador a este agente químico, altamente nocivo à saúde. A Federação acompanhou a reunião realizada no dia 04 pelos representantes da CUT na bancada dos trabalhadores da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPB) com o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Rinaldo Marinho Costa Lima. 
Os dois representantes da CUT na Comissão são os companheiros Itamar e Amaral, dirigentes do Unificado-SP e do Sindipetro Caxias, respectivamente.  Eles cobraram um posicionamento do Ministério sobre o documento encaminhado pela Petrobrás, onde propõe “rediscussão dos critérios de caracterização de risco da exposição ocupacional ao benzeno”. O diretor Rinaldo Lima esclareceu que o Ministério não se posicionará sobre a solicitação feita pela Petrobrás e encaminhará o documento da empresa à Comissão Nacional do Benzeno, cuja próxima reunião será em Vitória, no Espírito Santo, entre os dias 29 de junho e 01 de julho.
A FUP mobilizará os seus sindicatos para que estejam representados na reunião e pressionem a CNPB a não aceitar este retrocesso nas relações e no ambiente de trabalho. Por trás do ataque da Petrobrás ao Acordo Nacional de Benzeno, está a intenção clara de limitar o direito do petroleiro que atua em área insalubre à aposentadoria especial. Por isso, é importante que os sindicatos solicitem às unidades as listagens nominais do GHE do benzeno e enviem os documentos à FUP o quanto antes. A Federação está denunciando a Petrobrás à Receita Federação por sonegação previdenciária, já que a empresa não está recolhendo, como deveria, a alíquota extra do GFIP para os trabalhadores expostos ao benzeno

FUP cobra do governo fortalecimento da FAFEN

A defesa das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (FAFENs) sempre esteve presente nas lutas da FUP. Estas unidades do Sistema Petrobrás estão constantemente na mira dos entreguistas e só não foram privatizadas em função da resistência e da luta da categoria, unificada nacionalmente através da FUP. A conjuntura política foi alterada pelos trabalhadores, mas a luta em defesa da Fafen continua na ordem do dia. A FUP tem cobrado da Petrobrás e do governo uma política de fortalecimento e ampliação dos investimentos nas plantas da Bahia e de Sergipe. 
No último dia 02, a direção da Federação reuniu-se com o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Martins Almeida, para discutir, entre outras questões, a necessidade de isonomia tributária entre os fertilizantes importados e os produtos produzidos pelas Fafens, como uréia e amônia. Participaram da reunião os diretores Ubiraney Porto, Divanilton Silva e Leopoldino Ferreira, além do assessor do Dieese, Henrique Jager.  A FUP criticou o privilégio dado aos fertilizantes importados, que são isentos de tributos, o que gera condições desfavoráveis para a indústria nacional, colocando em risco as Fafens. A Federação ressaltou a importância de uma política de defesa da indústria nacional de fertilizantes, com foco no fortalecimento das fábricas da Petrobrás e na ampliação da participação do Estado no setor.