21h31 – Os trabalhadores das unidades marítimas da Bacia de Campos vão novamente à luta pelos seus direitos. Até o momento, a Petrobrás está tratando o problema com indiferença e desrespeito. Parece não acreditar na união e força da categoria petroleira.
O descaso é tanto, que chegou a enviar para a reunião com o Ministério Publico do Trabalho, pessoas que, declaradamente, não estavam autorizadas a negociar o objetivo daquele encontro – cotas de produção e efetivo mínimo. Apostaram que poderiam contornar o problema, mudando a pauta da reunião, com a tentativa do MPT de mediar o conflito com propostas, não confirmadas pelos próprios representantes da Petrobrás.
A realização da greve é a única forma de solucionar o impasse. Uma vez deflagrada, suas conseqüências pesarão sobre os ombros dos gestores da empresa. Só assim teremos uma proposta justa que atenda aos interesses dos trabalhadores e faremos com que a Petrobrás passe a respeitar a organização dos trabalhadores, além dos prazos estabelecidos pela categoria para a solução das negociações.
O dia do desembarque é um pleito antigo dos trabalhadores. A Petrobrás comprometeu-se a discutir a questão no âmbito da Comissão de Regimes em 2005, mas não o fez. Em dezembro de 2007, durante o fechamento das negociações do ACT assegurou que a solução seria encontrada em 60 dias e até agora não cumpriu seus compromissos. Os trabalhadores realizam desde o dia 5 de maio mobilizações pela solução desta pendência, mas ao que parece não chamaram a atenção da alta gerência da Petrobrás.
Estes são os motivos para negociar em greve com controle de produção nas mãos dos trabalhadores. A greve é o grito mais forte dos trabalhadores, que fará a empresa tratar com seriedade e respeito a questão.
Macaé, 12 de julho de 2008.
Diretoria Executiva do Sindipetro-NF