Leia revista especial sobre os 20 anos da Greve histórica de 95

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Produzida pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), uma revista especial registra depoimentos e traz matérias sobre a greve dos petroleiros em maio de 1995, a maior da história da categoria no Brasil. A publicação está disponível aqui para acesso online e também será panfletada pelos sindicatos filiados à Federação, entre eles o Sindipetro-NF.

“Há 20 anos, no dia 3 de maio de 1995, os petroleiros iniciavam a mais longa greve da história da categoria. Foram 32 dias de contestação e de resistência à truculência do PSDB e ao projeto ultraliberal que o partido implantou no Brasil, em conjunto com os setores empresariais e da mídia”, afirma a FUP, em texto de apresentação da revista.

Naquele ano, mesmo após a abertura democrática, os trabalhadores resistiram a tanques de guerra em unidades da Petrobrás. “Os petroleiros tiveram que enfrentar até mesmo o Exército, que, a mando dos tucanos, invadiu várias refinarias da Petrobrás com tanques e tropas armadas. Centenas de trabalhadores foram arbitrariamente punidos, vários deles, demitidos”, lembra a revista.

A FUP e os sindicatos foram submetidos ainda a multas milionárias pela Justiça, o que enfrentaram por meio da solidariedade de classe, e a desconstruir a criminalização do movimento que era feita pela cobertura da imprensa conservadora. Entidades dos trabalhadores tiveram seus bens penhorados.

O movimento sindical petroleiro é unânime na avaliação de que a greve de 1995 evitou que a Petrobrás fosse privatizada, destino do qual não escaparam outras estatais no mesmo período. Outras investidas contra a empresa continuam a ser tentadas, pois, de acordo com a FUP, “Vinte anos depois, a Petrobrás e a classe trabalhadora sofrem novos e intensos ataques dos mesmos setores que nos anos 90 privatizaram o patrimônio público, reduziram direitos históricos e criminalizaram os movimentos sociais. A greve dos petroleiros provou que a unidade é que constrói a resistência. Um legado que nunca foi tão necessários e atual como agora”.