Lideranças e representações da FUP, FNP, Conttmaf, Ambep e Fenaspe seguirão acampadas até que a direção da Petrobrás resolva os equacionamentos que estão adoecendo e matando aposentados e pensionistas da Petros
[Da comunicação da FUP]
Desde o início da manhã desta quinta-feira, 20, cerca de 800 trabalhadores, aposentados e pensionistas de vários estados do Brasil estão em vigília, em frente à atual sede da Petrobrás, no Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro, cobrando uma solução que acabe de forma definitiva com os Planos de Equacionamentos de Déficits da Petros (PEDs).
A mobilização, convocada pela FUP, FNP, Conttmaf, Ambep e Fenaspe – entidades sindicais e associações de aposentados que integram a Fórum em Defesa dos Participantes e Aposentados da Petros – reúne petroleiros e petroleiras, além de trabalhadores marítimos e da antiga subsidiária BR Distribuidora, atual Vibra, que foi integralmente privatizada no governo Bolsonaro.
O objetivo é pressionar a direção da Petrobrás a avançar no atendimento das propostas construídas pelos representantes dos trabalhadores no Grupo de Trabalho Petros. O GT nos últimos 10 meses discutiu alternativas para resolver os problemas estruturais dos planos PPSP-R e PPSP-NR, de forma a garantir segurança previdenciária a todos os participantes e assistidos e, principalmente, acabar com os equacionamentos dos déficits, que assolam mais de 50 mil famílias.
Por volta das 11h, as entidades realizaram um grande ato político, cobrando respeito a todos aqueles que construíram a Petrobrás e hoje estão sendo violentados com descontos abusivos em seus benefícios, ao ponto de terem os contracheques zerados no final do mês, pois são obrigados a arcar com uma conta cuja responsabilidade é da patrocinadora dos planos de previdência.
“Ativa de hoje, aposentado de amanhã”. “Aposentado do trabalho, mas não da luta”. Essas e outras palavras de ordens foram enfatizadas durante o ato, na tentativa de sensibilizar os empregados do Edisen a somarem-se à luta por justiça e dignidade. Lideranças de todas as entidades reforçaram a necessidade de uma solução negociada, que atenda às propostas que foram discutidas no GT Petros.
“Se o homem não resolveu, a mulher vai resolver”, provocou o diretor da FUP, Paulo César Martin, fazendo alusão à mudança no comando da Petrobrás. Ontem, no ato de posse da presidenta, Magda Chambriard, que contou com a participação do presidente Lula e de oito ministros, os petroleiros enfatizaram que o fim dos PEDs é a reivindicação mais urgente da categoria.
Tanto Magda, quanto Lula receberam em mãos o dossiê elaborado pelo Fórum, que resgata toda a trajetória do Plano Petros e faz um diagnóstico dos PPSP-R e PPSP-NR, apresentando as alternativas que foram construídas pelas entidades no GT Petros para solucionar os problemas estruturais dos planos e acabar com os equacionamentos.
“Vamos permanecer aqui em vigília até que a direção da Petrobrás resolva esse grave problema que atinge toda a categoria petroleira, principalmente os participantes e assistidos dos planos PPSP-NR e PPSP-R, que não aguentam mais arcar com um déficit que está corroendo, dia após dia, a vida de milhares de famílias”, afirmou Paulo César.
Barracas foram montadas na passarela de acesso ao Edisen, formando um grande acampamento para servir de apoio para as lideranças, militantes e representações de todas as entidades que participam do GT Petros e do Fórum, que permanecerão em vigília, cobrando o fim dos equacionamentos.
Acompanhe a cobertura da vigília nas redes sociais da FUP e das demais entidades que integram o Fórum.
Ativa na luta pelo fim dos equacionamentos
Atendendo ao chamado da FUP, petroleiros e petroleiras de várias bases do Sistema Petrobrás realizaram atos pela manhã em solidariedade à luta dos aposentados e pensionistas, que são mais de 90% dos impactados pelos equacionamentos dos PPSPs.
Houve atos no Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, nas refinarias de Pernambuco de Campinas (Replan) e Mauá (Recap), onde os trabalhadores da ativa reforçaram a importância da unidade de toda a categoria para pressionar a Petrobrás a resolver os problemas do antigo Plano Petros 1.