Maior greve da história dos petroleiros completa 15 anos

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Há 15 anos, no dia 03 de maio, os petroleiros iniciavam a mais longa greve da história da categoria. Uma greve de 32 dias, que tornou-se o maior movimento de resistência da classe trabalhadora à política neoliberal e truculenta do PSDB e do DEM (então PFL). Uma greve que foi fundamental para impedir a privatização da Petrobrás e, assim, evitar que Fernando Henrique Cardoso aprofundasse no Brasil o mesmo receituário que levou a Argentina à falência, principalmente, em função das privatizações de todas as estatais de energia e petróleo.
Durante a greve de maio de 1995, os petroleiros resistiram às manipulações e repressões do governo e à campanha escancarada da mídia para tentar jogar a população contra a categoria. Milhares de trabalhadores foram arbitrariamente demitidos, punidos e enfrentaram o Exército, que, a mando de FHC, ocupou com tanques e tropas armadas as refinarias da Petrobrás. A FUP e seus sindicatos foram submetidos a multas milionárias por terem colocado em xeque os julgamentos viciados do TST, que decretou como abusiva uma greve legítima e dentro da legalidade. Além de ter impedido a privatização completa da Petrobrás, como queriam os tucanos e demos, a greve de maio de 95 despertou um movimento nacional de solidariedade e unidade de classe, fazendo ecoar por todo o país um brado que marcou para sempre a categoria: “Somos todos petroleiros”.

Reintegração dos demitidos

O primeiro Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros foi realizado em agosto de 1995, dois meses após a greve histórica protagonizada pela categoria. Uma das principais resoluções do Congresso foi a luta pela reintegração dos 88 trabalhadores demitidos nas greves de 1994 e de maio de 1995. Mais do que um objetivo implacável, o retorno destes petroleiros transformou-se em questão de honra que a FUP perseguiu incansavelmente ao longo de todos os anos seguintes.
Somente em 2003, após as mudanças políticas que aconteceram em função da eleição do presidente Lula, é que as demissões e punições começaram a ser revistas pela Petrobrás. A FUP, através de participação em comissões interministeriais e da postura firme nas campanhas reivindicatórias, garantiu a anistia de 88 demissões, 443 advertências, 269 suspensões e 750 punições de trabalhadores que participaram das greves de 94 e 95. Além disso, a luta pela anistia trouxe de volta aos quadros da Petrobrás mais de mil trabalhadores das extintas Interbrás, Petromisa e Petroflex.
Confira no Portal da FUP, a entrevista com Antônio Carlos Spis, coordenador da FUP, que liderou a greve em 1995:http://www.fup.org.br/entrevistas.php?id=118

Sindicatos da FUP já iniciaram Plenárias Regionais

Desde o inicio do mês de maio, vários sindicatos já iniciaram suas plenárias regionais, onde são debatidas as teses e questões que serão levadas à 2ª Plenafup, que será realizada entre os dias 03 e 05 de junho, em Brasília, com o tema “Soberania com sustentabilidade, sem retrocesso”.
Em Pernambuco, os petroleiros já deliberaram sobre as principais questões, assim como a escolha dos trabalhadores que irão representar a categoria na plenária nacional. No  Espirito Santo, a plenária teve inicio nesta terça-feira, 05, com término previsto para esta sexta, 07. As demais plenárias regionais dos sindicatos do Amazonas, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Caxias e Norte Fluminense, serão realizadas até o fim deste mês.
Além de discutir e se posicionar sobre planos de luta e pautas de reivindicações, os petroleiros que participam da Plenafup também deliberam sobre temas políticos que estão na ordem do dia da classe trabalhadora, como a nova legislação para a indústria nacional de petróleo, a integração latino americana, a sucessão presidencial, a reunificação da categoria, entre outras questões.

Conselho Nacional dos Aposentados

Assim, como nos anos anteriores, a reunião do Conselho Nacional dos Aposentados e Pensionistas –  CNAP , que antecede à Plenária Nacional, será realizada no  dia 19 de maio, às 9 horas,  no Rio de Janeiro.
O Conselho é realizado todos os anos para deliberar sobre a pauta de reivindicações dos aposentados e pensionistas que será levada e discutida na Plenafup.

Comisssões de negociações permanentes voltam a se reunir com a Petrobrás, a partir de segunda, dia 10

Confira a agenda:
Segunda, 10/05 – Comissão de SMS
Terça, 11/05 – Comissão de AMS
Quarta, 12/05 – Comissão de Acompanhamento do ACT
Quinta, 13/05 – Comissão de Terceirização
Sexta, 14/05 – Comissão de Regimes de Trabalho

Diretor da FUP é eleito para executiva nacional da Anapar

Nos dias 29 e 30 de abril, a ANAPAR realizou em Florianópolis, o XI Congresso Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão. Durante o evento, o diretor da FUP, Paulo César Martin foi eleito para a diretoria executiva nacional da entidade, assim como o dirigente do Sindipetro NF, Francisco Antonio Silva (Chicão).
 O congresso contou a com cerca de 400 participantes que deliberaram sobre o Plano de Ação que norteará as atividades da ANAPAR. Dentre as prioridades estabelecidas estão à luta por uma maior participação dos trabalhadores na gestão das entidades de previdência, a alterações na legislação de maneira a garantir os direitos e interesses dos participantes. A luta para que a PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar tenha uma atuação voltada para a defesa dos interesses dos participantes será outra prioridade. 
 Também deverá ser prioridade da ANAPAR a ampliação do programa de formação da entidade, a instituição de novos planos de previdência, e o estudo para que a ANAPAR possa oferecer, através de convênio com empresa especializada, Plano de Saúde aos seus associados.