Da Imprensa da CUT – Enquanto o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) discute como tirar direitos de trabalhadores da iniciativa privada e servidores, sem apresentar propostas de aquecimento da economia, com geração de emprego e renda, a taxa de desemprego não dá trégua e continua subindo.
O número de desempregados no Brasil aumentou 31% em 12 semanas, período mais crítico da pandemia do novo coronavírus, e atingiu nesses três meses 3,1 milhões de brasileiros, de acordo com pesquisa PNAD COVID19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (14).
Com isso, o total de trabalhadores desempregados no país subiu para 12,9 milhões de pessoas (13,7%) no período de 19 a 25 de julho, 550 mil a mais do que na semana anterior. A alta é recorde se comparada à primeira semana de maio (10,5%).
População com emprego
A PNAD COVID19 estimou em 81,2 milhões a população ocupada do país na semana de 19 a 25 de julho, com estabilidade em relação à semana anterior (81,8 milhões de pessoas).
A população com emprego e não afastada do trabalho foi estimada em 72,3 milhões de pessoas, estável em relação à semana anterior (72,5 milhões) e com aumento frente à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).
Entre essas pessoas, 8,3 milhões (ou 11,5%) trabalhavam remotamente. Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (8,2 milhões ou 11,3%) e, em números absolutos, ficou estável em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões), porém com queda em termos percentuais frente àquela semana (13,4%).
Nível de ocupação
O nível de ocupação foi de 47,7%, estável frente à semana anterior (48,0%) e com queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%).
A proxy da taxa de informalidade foi de 33,5%, com aumento em relação à semana anterior (32,5%), porém recuando frente à semana de 3 a 9 de maio (35,7%).
Cerca de 5,8 milhões (7,1% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social.
76 milhões não estavam trabalhando nem procurando emprego
A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurando emprego) era de 76,0 milhões de pessoas.
Deste total, cerca de 28,0 milhões de pessoas disseram que gostariam de trabalhar.
Não procuraram emprego por causa da pandemia
Cerca de 18,5 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.
Confira aqui a íntegra da pesquisa.