[ROSANGELA BUZANELLI] Ontem, celebramos os 80 anos do primeiro poço de petróleo da Petrobrás no Brasil. Hoje, a gente comemora outro pioneirismo da nossa empresa estatal: a perfuração do mais profundo poço exploratório da história do país, o primeiro do bloco ES-M-669, no pré-sal da Bacia do Espírito Santo, em uma área conhecida como Monai.
A notícia foi divulgada sexta-feira, dia 10, pela Petrobrás. Distante 145 km da costa, o poço alcançou 7.700 metros e atravessou a maior camada de sal já perfurada no país, com cerca de 4.850 metros de espessura. O recorde anterior de profundidade era do poço Parati, com 7.630 metros, descoberto em 2005, na Bacia de Santos.
Para se ter uma ideia da profundidade do poço Monai, segundo a Petrobrás, ele é 1,3 vezes maior do que o Monte Kilimanjaro, a montanha mais alta da África.
Diferente de um poço de desenvolvimento e produtor de petróleo, o poço exploratório tem extrema importância como fonte de dados para estudos e caracterizações geológicas, entre outras. A partir desses dados coletados, estudos são realizados no sentido de confirmar ou revisar o modelo geológico que gerou a locação, subsidiando os demais poços no caso de descoberta de petróleo.
Os poços exploratórios são investimentos estratégicos e importantíssimos para ampliar, consolidar e aprofundar o conhecimento geológico e geofísico das áreas.
A Petrobrás construiu todo esse conhecimento que a agigantou e a colocou entre as maiores do mundo no setor, ganhando prêmios internacionais, sendo a empresa com maior índice de sucesso exploratório, investindo pesado e consistentemente em treinamento e aquisição de dados por gerações. Entender isso é fundamental para qualquer gestor da empresa.
O poço exploratório Monai fica em uma nova fronteira exploratória e sua perfuração exigiu uso intensivo de tecnologia e atuação complexa das equipes operacionais. Mais um desafio superado e motivo de orgulho de todos nós, petroleiros e brasileiros.