Os trabalhadores embarcados na P-55 vêm enfrentando um surto de COVID-19, o que só reforça que a política da Petrobrás de combate à pandemia e preservação da saúde não está funcionando . Na semana passada alguns trabalhadores desembarcaram com suspeita da doença, entretanto continuaram acontecendo as trocas de turma normalmente e quem subiu foi colocado em camarotes que tinham sido ocupados por contactantes.
Segundo relatos, o apoio de terra só embarcou no sábado, 5, para fazer o teste PCR no pessoal a bordo e que detectou 16 pessoas positivas e 12 contactantes com esses trabalhadores. Todos que testaram positivo foram colocados juntos e os contactantes isolados. Algumas pessoas estão em MTAs (Módulos temporários de Acomodação).
Vários deles já começaram a apresentar sintomas essa semana, alguns com o quadro de saúde mais grave que denunciaram não receber nenhuma informação da empresa quando serão desembarcados. Enquanto isso, o vírus continua circulando a bordo e contaminando mais gente.
O Sindipetro-NF já entrou em contato com a gestão da Petrobras solicitando desembarque dos trabalhadores com sintomas de COVID, mas não há previsão de desembarque. “Na nossa visão fica evidente a incapacidade de vazão dos contaminados e contactantes pela Petrobras” – comenta o diretor, Alexandre Vieira. O sindicato tem informação que existem 12 pessoas a bordo de P-55, quatro em P-54 e duas na P-09 com sintomas de COVID que precisam desembarcar. Essa denúncia já foi encaminhada à fiscalização do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho.
Importante ressaltar também que todos aqueles contaminados pelo vírus devem solicitar a emissão da CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) para garantia de seus direitos.
A diretoria do sindicato reforça a importância dos petroleiros e petroleiras denunciarem os casos de COVID para o e-mail [email protected]. Como é uma prática nossa, o NF garante o tratamento e o sigilo adequado.