Manifestação da FUP faz Petrobrás anunciar convênio com a Petros para regularizar direitos dos aposentados e pensionistas

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Cerca de 350 petroleiros participaram sexta-feira, 12, do ato que a FUP e seus sindicatos realizaram em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, para exigir da empresa uma definição em relação ao convênio com o INSS e a garantia de todos os direitos dos aposentados e pensionistas. A pressão surtiu efeito. A Gerência de RH recebeu a FUP e uma representação de aposentados e pensionistas para responder às cobranças dos trabalhadores. 

A empresa afirmou que tem interesse em retomar o convênio com o INSS e que está tentando resolver os problemas de prestação de contas com o Instituto. A Gerência de RH informou que criou uma comissão especificamente para isso e anunciou que a Petrobrás deverá até o final do mês (30/04) firmar um convênio com a Petros para regularizar a situação dos descontos da AMS e o calendário de pagamento dos benefícios. A FUP cobrou que a empresa oficialize essa informação para todos os trabalhadores, aposentados e pensionistas e que agende uma reunião tripartite – Petrobrás, INSS e a Federação – para dar continuidade à discussão da retomada do antigo convênio. 
O ato convocado pela FUP contou com a participação de petroleiros de diversas regiões do país, que chegaram em caravanas vindas do Rio Grande do Sul, Paraná/Santa Catarina, Minas Gerais, bases do Unificado-SP, Norte Fluminense e Duque de Caxias. Representantes dos sindicatos da Bahia, do Amazonas e do Espírito Santo também participaram da manifestação. O ônibus que trazia 39 aposentados e pensionistas da Bahia teve um problema no caminho e não conseguiu chegar a tempo de participar do ato. 
O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, ressaltou a importância da mobilização e resgatou a trajetória de luta da Federação pelo restabelecimento do convênio da Petrobrás com o INSS e para pressionar a empresa a garantir as conquistas da categoria. “A FUP e seus sindicatos não ficam só na retórica e mais uma vez mobilizam a categoria para buscar na luta os seus direitos”, declarou.
O acordo que a Petros firmou com o INSS no dia 02 de abril tem validade de cinco anos, mas não tem participação da Petrobrás, como previa o antigo convênio que foi suspenso em fevereiro. O convênio feito pela Petros garante a concessão de novos empréstimos e o repasse de contribuições às entidades associativas e, por cobrança da FUP, também estende esses direitos para os atuais e futuros aposentados e pensionistas da Transpetro.

Conheça os candidatos apoiados pela FUP nas eleições para conselheiros da Petros

Em reunião esta semana no Rio de Janeiro, a diretoria colegiada da FUP aprovou por unanimidade o apoio aos candidatos que irão disputar a eleição para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros. As duas duplas apoiadas pela FUP são: Abílio Tozini (RJ) e Vicente Pontes (RN) – titular e suplente para o Conselho Deliberativo; e Deyvid Bacelar (BA) e Fernando Maia (RS) – titular e suplente para o Conselho Fiscal. Será eleita uma dupla de titular e suplente em cada Conselho. Além dos candidatos apoiados pela FUP, outras três duplas se inscreveram para disputar eleição.
A votação será entre os dias 13 e 27 de maio e todos os participantes da ativa, aposentados e pensionistas de planos geridos pela Petros podem participar. Como na última eleição, os participantes e assistidos poderão votar pela intranet do Sistema Petrobrás, internet ou telefone. O mandato dos conselheiros é de quatro anos. Portanto, é fundamental que os petroleiros votem em candidatos de luta, comprometidos com os ideais classistas e a defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.

FUP cobra da presidenta da Petrobrás esclarecimentos sobre desinvestimentos

O diretor da FUP, José Maria Rangel, representante eleito dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, protocolou no último dia 04 documento cobrando da presidência da empresa esclarecimentos sobre o plano de desinvestimento da companhia. O documento é direcionado à presidenta Maria das Graças Foster e questiona as informações divulgadas pela revista Época na edição de 28 de março em reportagem que denuncia negociação para venda de ativos da Petrobrás no exterior em condições que beneficiariam os pseudo compradores, com prejuízos para a empresa.  O conselheiro que representa os trabalhadores no CA cobra ainda esclarecimentos sobre possíveis outros ativos da Petrobrás que estariam à venda.
A direção colegiada da FUP também protocolou documento no dia 09 solicitando reunião com a presidenta Graça Foster onde um dos pontos de pauta é justamente o plano de desinvestimentos (Procop). A FUP e  seus sindicados têm constantemente questionado os cortes feitos pela Petrobrás, que estão impactando não só as condições de trabalho e segurança na empresa, como os projetos de geração de emprego e renda. É o que está acontecendo com o desinvestimento nos campos de produção terrestre, que está causando desemprego em massa e esvaziamento das economias em diversos municípios do Rio Grande do Norte e da Bahia. 
Na edição 1076 do Primeira Mão, publicada no dia 15 de fevereiro, a FUP já havia questionado os gestores da Petrobrás sobre denúncias de que a empresa estaria encomendando sondas de perfuração no exterior e cogitando criar sociedade com grupos privados para administrar suas refinarias. No editorial intitulado “Soberania e desenvolvimento em risco”, a FUP reiterou que “reagirá à altura e jamais permitirá retrocessos que coloquem em risco as nossas conquistas”.

Encontro histórico fortalece organização nacional das mulheres petroleiras 

Combate aos assédios moral e sexual é a principal bandeira de luta

Trabalhadoras petroleiras de diversos estados do país foram protagonistas na última semana de um momento histórico na organização da categoria. Junto com sindicalistas da FUP, CUT, CNQ e CTB, elas discutiram questões específicas do trabalho feminino na indústria de petróleo e estratégias de luta contra os assédios moral e sexual e por maior empoderamento das trabalhadoras nas empresas, na sociedade e nas organizações sindicais. Esse foi o tom do I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas, que reuniu 40 participantes no Rio de Janeiro, entre os dias 05 e 07 de abril.
O evento inédito foi aberto com a presença da presidenta da Petrobrás, Maria das Graças Foster, que saudou a iniciativa e se dispôs a receber pessoalmente as reivindicações das petroleiras. O Encontro apontou uma série de propostas que serão levadas para discussão nos Congressos Estaduais e na IV Plenafup. As petroleiras também aprovaram o estatuto do Coletivo Nacional da Mulher Petroleira e elegeram Marbe Noguerino (Sindipetro Unificado-SP) como coordenadora e Anacélie Azevedo (Sindipetro-PR/SC), como sua suplente. O Coletivo terá reuniões periódicas e será responsável por criar políticas sindicais de formação voltadas para as questões das mulheres e o combate aos assédio moral e sexual, bem como discutir ações sindicais que cobrem das empresas do setor petróleo o compromisso com a equidade de gênero, raça e orientação sexual. Ainda através do Coletivo, as petroleiras desenvolverão ações para incentivar a participação das mulheres nas atividades sindicais, garantir maior presença feminina nos fóruns deliberativos da FUP e nas direções sindicais, além de cobrar o efetivo cumprimento das cláusulas pactuadas nos Acordos Coletivos.

Principais propostas e bandeiras de luta do Coletivo Nacional da Mulher Petroleira:

• Combate aos assédios moral e sexual, envolvendo todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás e das empresas terceirizadas.
• Melhoria das condições de trabalho, saúde e segurança de todos os trabalhadores da indústria do petróleo, subsidiárias e empresas terceirizadas, principalmente das mulheres.
• Igualdade de oportunidades, sem discriminação de gênero, raça e orientação sexual.
• Adequação das unidades operacionais às necessidades femininas, como banheiros, camarotes e demais instalações.
• Garantir que os EPIs e uniformes sejam apropriados para mulheres, inclusive as gestantes.
• Aumento da licença paternidade.
• Auxílio creche para todos os trabalhadores, independente do sexo.
Leia na página da FUP a íntegra da reportagem com a cobertura completa do Encontro: www.fup.org.br

Acompanhe a agenda de reuniões da FUP com a Petrobrás

A FUP volta a se reunir com a Petrobrás ao longo da semana para dar continuidade à discussão de regras e critérios para provisionamento e pagamento das PLRs futuras e também às Comissões de negociação permanente sobre Terceirização, AMS, Regimes de Trabalho e Acompanhamento do Acordo Coletivo. Confira a agenda:
• 15/04 (segunda) – Comissão de Terceirização às 10 horas e Comissão de AMS.
• 16/04 (terça) – Comissão de Acompanhamento do ACT.
• 17/04 (quarta) – Comissão de Regimes de Trabalho.
• 19/04 (sexta) – negociação do regramento das PLRs.