Maritimos a bordo: Mudança de contrato expõe insegurança e ilegalidades

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Nos últimos dias a insegurança ronda as plataformas na Bacia de Campos. A mudança de contrato dos trabalhadores marítimos expôs a real intenção das empresas envolvidas e da atual gestão da Petrobrás: Explorar ao máximo diminuindo os custos em detrimento da segurança dos trabalhadores e trabalhadoras a bordo.

Entenda

Atualmente os marítimos a bordo tem a necessidade de comprovar experiência mínima nas suas funções e estar com todos os treinamentos em dia. Conforme contrato recebido pelo SindipetroNF, através de denúncias anônimas, a nova empresa também precisa apresentar à Petrobrás a relação de trabalhadores com uma série de requisitos de experiência e formação, porém essa não é a realidade.

A nova empresa apresentou para a Petrobrás trabalhadores que não cumprem as exigências contratuais. Se a atual gestão da Petrobrás estivesse preocupada em cumprir o contrato, manter a fiscalização dentro da legalidade e garantir a segurança de todos a bordo dessas plataformas, haveria a necessidade de exigir da nova empresa contratada o fiel cumprimento do contrato firmado entre as partes.

Segundo relato de petroleiros e petroleiras a bordo das plataformas, o embarque desses novos trabalhadores já começou, aumentando ainda mais o risco, visto que muitos afirmam que a empresa contratada não repassou informações básicas sobre a execução do serviço a bordo.

Impactos

A ausência de trabalhadores marítimos a bordo, conforme legislação, pode obrigar a Petrobrás a parar a produção e diminuir o efetivo das unidades.

Ao colocar a produção acima da vida e negligenciar as condições mínimas exigidas em contrato, os gestores envolvidos podem ser responsabilizados. Assim, solicitamos a todos os petroleiros envolvidos que avaliem e reflitam até onde vale a pena seguir a cartilha da gestão Castelo Branco, onde o menosprezo às leis é uma constante e a indiferença perante a vida dos trabalhadores e trabalhadoras cobrará o seu preço.

Daqui há 2 dias relembraremos o desastre da P-36, que completará 20 anos. Será preciso uma nova plataforma afundar? Trabalhadores morrerem, para que tenha-se o entendimento de que saúde e segurança não é custo, mas sim investimento?