O jornal Folha de São Paulo publicou em sua edição de hoje, 29, uma extensa matéria intitulada ” Petrobras já demitiu 170 mil funcionários desde início da Lava Jato”. Ao ler a matéria, se a pessoa não chega até a metade e analisa os gráfico que acompanha, é levada a acreditar que essas demissões aconteceram somente no âmbito da empresa.
Na verdade, a maior parte dessas demissões foram feitas por empresas contratadas da Petrobrás. Algumas delas estão ligadas à Lava jato, outras por conta de ajustes relativas ao novo Plano de Negócios da Companhia. Cerca de 140 mil trabalhadores estão ligados à prestadoras de serviço de obras, incluindo o Comperj e a Refinaria Abreu Lima.
A diretoria do Sindipetro-NF defende a investigação, punição e devolução do dinheiro desviado, mas considera uma irresponsabilidade da Operação Lava Jato desempregar tanta gente, mandando parar todas a obras. Na visão da diretoria do sindicato, a suspensão das obras tem a clara intenção de prejudicar a Petrobrás, o Brasil e entregar o pré-sal para o mercado internacional, junto com a privatização da empresa.
No ano passado, a Federação Única dos Petroleiros entregou à Petrobrás a Pauta pelo Brasil , que apresenta conjunto de propostas dos trabalhadores para o Plano de Negócios e Gestão 2015-2018 com a finalidade de garantir o crescimento da empresa, com manutenção dos investimentos e dos empregos. Após a greve de novembro de 2015, foi formado um Grupo de Trabalho para discussão dessas propostas, que ainda está em andamento.