Na manhã de quarta-feira, 16, o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói realizou uma grande mobilização em frente ao Estaleiro Mauá, contra a demissão de 3.500 trabalhadores da empresa Eisa Petro Um, que além de ter acabado com estes postos de trabalho no setor naval, ainda não efetuou o pagamento de salários e recisões dos metalúrgicos demitidos. Segundo informações do sindicato, os operários estão há três meses sem receber. O protesto também ocorreu para fortalecer o movimento pela retomada das atividades no estaleiro e dos investimentos na indústria naval.
Cerca de 3.000 trabalhadores lotaram o ato que também teve a participação do Sindimetal-RJ, representado por seu presidente, Edson Rocha e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), com a presença do presidente da entidade, Paulo Caíres.
Representando os petroleiros, estiveram presentes o coordenador da FUP, José Maria Rangel, os diretores da Secretaria de Comunicação, Francisco José Oliveira e Leopoldino Martins e do Presidente do Fórum dos Trabalhadores da Indústria Naval e, também diretor da Federação, Joacir Pedro.
Entenda o caso
Em julho, o Estaleiro Mauá fechou as portas demitindo todos seus funcionários. A categoria foi pega de surpresa já que nos últimos meses a produção dos trabalhadores possibilitou a empresa obter um faturamento acima da média. A direção do Estaleiro Eisa Petro Um não pagou os salários de junho e também não indenizou nenhum trabalhador.
Uma ação judicial na 3º Vara do Trabalho de Niterói movida pelo Ministério Público do Trabalho e o Sindicato, cobra o pagamento de todas as indenizações do Eisa Petro Um e também da Transpetro, subsidiária da Petrobrás e responsável pela contratação das construções dos navios.
O impasse permanece. O processo da primeira instância está em fase de julgamento e o juiz da causa deve anunciar a sentença nos próximos dias. Até o momento, o Sindicato conseguiu a liberação de R$ 3 milhões que foram divididos igualmente entre os 3.300 operários. Outros R$ 12 milhões haviam sido liberados, mas a decisão foi cassada por uma desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
Fonte: FUP com informações da CUT-RJ