Militância do MST em Campos se concentra no NF antes de audiência pública na UFF

O Sindipetro-NF recebeu para um café da manhã, hoje, em sua sede de Campos dos Goytacazes, parte da militância do MST no município. Os trabalhadores e trabalhadoras vieram do acampamento Josué de Castro, no distrito de Morro do Coco, e vão participar de audiência pública na Universidade Federal Fluminense.

A audiência é promovida pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela Ouvidoria Agrária Nacional. O objetivo é debater a reforma agrária no Norte Fluminense e a prevenção à violência no campo.

“Hoje é um dia importante para os trabalhadores da região Norte Fluminense. Um dia em que nós vamos estar recebendo aqui uma grande parte do Judiciário, o pessoal dos conflitos nacionais, os conflitos agrários, e vamos ter oportunidade de denunciar o que tem acontecido aqui nessa região e de reivindicar que a Reforma Agrária de fato aconteça”, afirma Cristiano Meireles, liderança do MST no estado do Rio de Janeiro.

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Participam representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do instituto de Colonização e Reforma Agrária, da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, da Defensoria Pública Estadual e da União, da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes e da Prefeitura do Município de Campos dos Goytacazes.

Entidades dos movimentos sociais e dos sindicatos, como o Sindipetro-NF, também estarão representadas na audiência.

“A realização da audiência é um desdobramento da atuação da Procuradoria da República em Campos em parceria com a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Rio de Janeiro. Em abril deste ano, o MPF solicitou providências da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado sobre denúncias de intimidação policial contra assentados rurais”, informa o MPF.

Ainda de acordo com o Ministério Público, “documento enviado pelo MPF à SSP e à Secretaria de Polícia Militar, ações policiais desproporcionais teriam ocorrido durante projeto da Defensoria Pública estadual, realizado no assentamento Dandara dos Palmares, no dia 6 de abril”.

Os relatos são de abordagens policiais agressivas e tentativas de intimidação contra membros de movimentos sociais, que estavam promovendo conscientização agrária durante a atividade da Defensoria Pública.