O Ministério Público do Trabalho instaurou inquérito civil contra a Petrobras diante de denúncias encaminhadas pelo Sindipetro-NF sobre o assédio e punições que vem acontecendo em P-31. Essas perseguições culminaram também com a mobilização nos dias 31 de agosto e 01 de setembro mais as denúncias do sindicato encaminhadas aos órgãos competentes.
O caso de P-31
O P-31 é um navio petroleiro que foi transformado em Navio Plataforma. O sindicato por diversas vezes denunciou problemas de insegurança nesta plataforma que ficou conhecida por ter utilizado “batoque” para sanar vazamentos. A cultura de reparos provisórios nunca levou as gerências da plataforma ou do ativo Albacora a serem questionadas sobre a manutenção da unidade em condições inseguras.
O NF denunciou que dois anos antes as válvulas e trechos de tubulação que foram envolvidas num vazamento de gás na casa de bombas ocorrido no dia 05 de janeiro deste ano estavam na carteira de obras da parada da plataforma e foram criminosamente adiadas. O atual gerente da UO-BC era o gerente do ativo na época.
Dias depois desse acidente, uma sequência de eventos levaram os traalhadores a encaminhar denúncias ao sindicato, que culminaram com interdições da ANP por dois longos períodos.
Foi formado um Grupo de Trabalho para apurar as ocorrências com participação do sindicato. O Coordenador desse GT era o Gerente da área de inspeção que foi responsável por reavaliar a criticidade de “B” para “C” e que na prática autorizou um prazo maior para correção definitiva do furo na linha.
O NF denunciou o fato e negou-se a continuar no GT nessa condição. Após seu término, esse Coordenador foi nomeado como Gerente da P-31 e iniciou a era de perseguições e punições na plataforma que agora serão investigadas pelo MPT.