Moraes dialoga com grevistas e mostra que Brasil é vítima de crime lesa pátria

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O engenheiro e professor do IFF (Instituto Federal Fluminense), Roberto Moraes, especialista em petróleo, participa neste fim de tarde da reunião dos petroleiros grevistas com a direção do Sindipetro-NF, na sede da entidade em Campos dos Goytacazes.

Moraes afirmou ser um crime de lesa pátria o fato de que, na atualidade, metade da produção brasileira de petróleo esteja sendo exportada como óleo cru, de menor valor, enquanto as refinarias operam com capacidade ociosa de 30%.

Enquanto isso, destaca o professor, o Brasil importa 600 mil barris dia de derivados e combustíveis, que poderiam ser produzidos internamente. O país é o 6º maior consumidor de derivados de petróleo do mundo.

Moraes afirmou ainda que a greve dos petroleiros tem uma grande importância para ajudar a população a entender o que o governo está fazendo com a Petrobrás. Por meio de ações como a venda de gás de cozinha com preço subsidiado, feitas hoje e programadas para amanhã em algumas bases do país, é possível mostrar para as pessoas que há algo errado na política de preços praticada pela empresa.

O professor também destacou que o processo de “uberização” do trabalho é uma ameaça para todas as categorias, inclusive a petroleira. “Não vai demorar para querer que o petroleiro embarque num regime uberista, ganhando por embarque, sem garantia de mais nada”, alertou.

Ele avaliou ainda que a gestão da Petrobrás está espantada com o movimento dos petroleiros, “em meio a tudo o que fizeram com os sindicatos e com os trabalhadores”. Para o professor, o movimento veio no momento certo e tem a capacidade de contagiar outras categorias.

 

[Foto: Vitor Menezes – Imprensa do NF]