O coordenador Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, revelou em seu blog (aqui), ontem, que foi intimado pelo Ministério Público Federal, provocado pelo Juiz Sérgio Moro, a depor a respeito de “possíveis práticas de crime contra a honra de servidor público federal”.
Cancella é autor de um livro, em fase de finalização, sobre a operação Lava Jato. A obra tem como título “A outra face do juiz Sérgio Moro”, reunindo denúncias sobre relações do magistrado com políticos do PSDB e com interesses norte americanos no setor petróleo.
“Aécio Neves não é investigado na Lava Jato simplesmente porque o juiz Moro não quer, pois já foi delatado mais de cinco vezes. Moro faz ouvido de mercador”, denuncia Cancella.
O dirigente sindical avalia que “a Lava Jato tornou-se o maior acervo da vida política brasileira contemporânea, porém, na minha concepção, e de muitos, Moro usa de forma seletiva essas informações. Aliás, esses questionamentos da seletividade foram feitos não só no Brasil como nos EUA e agora na Alemanha”.
O Sindipetro-NF é solidário a Emanuel Cancella e considera muito grave que um juiz pretenda intimidar autores de denúncias contra ele. Para o coordenador geral da entidade, Marcos breda, este caso confirma o modo como a operação Lava Jato tem procurado dar ares de legalidade a ações autoritárias.
“Cada vez temos mais certeza de que a estratégia de lawfare é a principal arma da Lava Jato para cumprir seus objetivos. Trata-se da utilização de meios judiciais frívolos, com aparência de legalidade, para cooptação da opinião pública. Nesse caso o Juiz Moro tenta se vitimizar quando, na verdade, atenta contra um direito legítimo de manifestação de opinião de um sindicalista”, protesta o coordenador do NF.