Os petroleiros entraram nesta semana em um momento decisivo da mobilização por uma proposta justa para o Dia de Desembarque. Depois de efetivamente adotarem a postura de não trabalhar no 15º dia de embarque, a partir de 5 de maio, a Petrobrás resolveu endurecer na tentativa de desarticular o movimento.
Cabe agora à categoria subir o tom e mostrar que não cederá no seu direito de mobilização. Até agora, a maioria dos petroleiros que aderiram ao protesto são de turmas que fazem o desembarque na parte da tarde. O sindicato chama a atenção para a necessidade da participação de todas as demais turmas, inclusive das que têm vôo pela manhã.
“Até por que os horários mudam. No próximo ano, estas turmas poderão passar para a tarde. Além disso, todos os petroleiros precisam ser solidários com quem fez o movimento até agora, especialmente quando as gerências começam a falar em punição contra estes trabalhadores. Aí é que temos que demonstrar ainda mais união”, explicou o coordenador geral do NF, José Maria Rangel.
Só conquista quem luta
O Sindipetro-NF avalia que somente com mobilização a empresa avançará na proposta para o Dia de Desembarque. A categoria precisa deixar claro para a companhia que não aceita a divisão apresentada na última proposta e que quer condições iguais para todos.
Nesta semana, novas unidades estão realizando a mobilização (o site do NF informa todos os dias as adesões nas plataformas). Mas há ainda unidades fora do movimento, o que não pode ocorrer, especialmente neste momento em que a empresa está testando a força da categoria.
O sindicato chama os petroleiros a fortalecer o movimento, a realizarem reuniões setoriais, a fazerem o trabalho de convencimento dos trabalhadores que ainda se mostram resistentes à mobilização. Somente assim a categoria enfrenta o autoritarismo da empresa, preserva seu direito à luta e arranca da Petrobrás uma proposta justa para o Dia de Desembarque.
Imprensa do NF – 13/05/2008 – 17h29