Em reunião dia 24, em Brasília, o Comitê Operativo da campanha “O Petróleo tem que ser nosso” convocou para a segunda quinzena de março mais uma plenária nacional para discutir novas estratégias de luta em defesa da soberania energética e da Petrobrás 100% pública e estatal. Até lá, serão realizados seminários estaduais pelo país afora para que os movimentos sociais debatam regionalmente as propostas que serão discutidas na plenária nacional.
O Comitê Operativo elencou algumas questões que deverão ser priorizadas nos debates, como a articulação de uma frente parlamentar e de uma conferência nacional sobre energia, o aprofundamento das propostas focadas na sustentabilidade ambiental e a discussão de novos instrumentos de mobilização e estratégias para aproximar mais a campanha da população. A plenária nacional será realizada em Minas Gerais, na segunda quinzena de março. Será a quarta plenária da campanha “O petróleo tem que ser nosso”. A última foi em Guararema, em São Paulo, nos dias 12 e 13 de maio de 2009.
A FUP é uma das entidades que integram o Comitê Operativo da campanha, que tem unificado os principais movimentos sociais do país na luta contra os leilões de petróleo e pela retomada do monopólio estatal, através da Petrobrás 100% pública. Um de seus principais instrumentos de luta é o projeto de lei 531/2009, em tramitação no Senado, que reúne as propostas dos movimentos sociais para que o Estado detenha total controle sobre o petróleo e gás do país, garantindo a soberania nacional e a utilização destes recursos em benefício do povo brasileiro.
Mobilizações
A FUP e os movimentos sociais têm protagonizado importantes mobilizações em defesa da Petrobrás, do pré-sal, dos campos terrestres e contra a privatização do petróleo. Ao longo dos anos 2000, os trabalhadores ocuparam por diversas vezes as ruas do país e o Congresso Nacional contra os entreguistas de plantão e em defesa da Petrobrás 100% pública e estatal. No último dia 21 de outubro, cerca de dez mil pessoas participaram do ato público, no Rio de Janeiro, contra a privatização do pré-sal e o retrocesso. A mobilização foi organizada pela FUP e abraçada pelas demais entidades que integram a campanha “O petróleo tem que ser nosso”. Foi a principal e a maior manifestação de rua do segundo turno da eleição presidencial, onde o pré-sal, a Petrobrás e as demais estatais estiveram o tempo todo na mira dos tucanos e demos. A luta para que o petróleo seja do povo brasileiro continua e deve ser intensificada e ampliada a partir da agenda dos movimentos sociais.
Prazo para aderir ao BPO termina terça-feira, 30
Quem ainda não se decidiu sobre o Benefício Proporcional Opcional (BPO) tem até terça-feira, 30, para fazer sua escolha. De uma forma geral, o BPO beneficiará a maioria dos participantes do Plano Petros que repactuaram. Mas, é fundamental que cada trabalhador analise individualmente sua situação antes de se decidir. A FUP orienta que os participantes que optarem pelo novo benefício ingressem imediatamente no Plano Petros-2. A adesão ao PP-2 deve ser feita também até terça-feira, 30, evitando, assim, a carência de um ano para o benefício de risco.
A FUP e seus sindicatos têm intensificado os debates com a categoria, esclarecendo e orientando os trabalhadores sobre o BPO. O benefício é destinado somente aos participantes do Plano Petros que repactuaram e não implica em transferência ou retirada de recursos do plano antigo. Quem fizer a opção pelo BPO garantirá o benefício do Plano Petros proporcional ao seu tempo de vinculação na previdência social, cessando a contribuição para o plano. O valor do benefício proporcional será calculado na data da opção pelo BPO e corrigido mensalmente pelo IPCA até o momento da aposentadoria pelo INSS e da rescisão do contrato de trabalho com a patrocinadora. A partir de então, o BPO será pago mensalmente pela Petros, independentemente do benefício da previdência social.
FUP cobra e Petrobrás agenda reunião sobre a PLR para o dia 07/12
A Gerência de RH da Petrobrás respondeu nesta quinta-feira, 25, o documento da FUP, cobrança o agendamento de reunião com a empresa para discutir o adiantamento da PLR 2010. A Petrobrás agendou a reunião para o próximo dia 07. A FUP tem garantido em todas as campanhas de negociação da PLR que a empresa pague em janeiro aos trabalhadores um adiantamento. A reunião cobrada pela Federação é para que a Petrobrás mantenha esse compromisso em 2011.
FUP e sindicatos discutem agenda dos trabalhadores do setor privado
A Secretaria de Relações Internacionais e Setor Privado da FUP realizou nos dias 17 e 18, no Rio de Janeiro, uma reunião com os sindicatos que representam as principais bases de trabalhadores das empresas de petróleo do setor privado. Estiveram presentes ao encontro dirigentes dos sindicatos do Espírito Santo, Norte Fluminense, Bahia e Rio Grande do Norte. Além de avaliar as campanhas reivindicatórias do setor e traçar estratégias para as negociações em andamento e as que se iniciam no próximo ano, a reunião também tratou de duas questões que têm impactado diretamente os trabalhadores: a redução dos investimentos da Petrobrás na exploração e perfuração dos campos terrestres e a concorrência predatória gerada pelo modelo de contratação da estatal.
Os dirigentes sindicais apontaram como prioridades nas negociações com o setor privado ampliar as condições de trabalho e segurança, acabar com a sobrecarga de jornadas e aumentar os efetivos das empresas. A reunião também elencou as questões de maior complexidade que as entidades sindicais têm enfrentado, como os impactos da desmobilização dos campos terrestres sobre os trabalhadores, as ações antissindicais das empresas privadas e a precarização das condições de trabalho e salários gerada pelo atual modelo de contratação da Petrobrás.
Negociações a todo vapor
A FUP e seus sindicatos estão intensificando as negociações com as empresas privadas para que todos os acordos coletivos possam ser concluídos até o final do ano. Estão em campanha os trabalhadores das empresas BCH, BJ/Baker, Halliburton, Sotep, Prest, San Antonio Internacional (que engloba também Sotep e Prest), Drillfor, ETX, Exterran, Empercom, BJ/Baker, Q&B, National Oilwell Varco, entre outras.
Petroleiros do RN protestam contra redução de custos nas plataformas
Os petroleiros das plataformas do Rio Grande do Norte ameaçam parar suas atividades por 24 horas na segunda-feira, 29, em protesto contra o rebaixamento das condições de trabalho promovida pela gerência local, sob o pretexto de reduzir custos. Os petroleiros estão revoltados com as atitudes autoritárias e antissindicais da gerência do Ativo Mar.
O Sindipetro-RN relata que, além de alterar a escala de embarque causando transtornos para os trabalhadores, a gerência “reduziu o fornecimento de alimentação, mandou empilhar as cadeiras do refeitório para que os trabalhadores se sintam desestimulados a lanchar e ordenou o fechamento da lavanderia”. Segundo o sindicato, os trabalhadores das plataformas estão tendo que usar o fardamento e roupas de cama sujos por vários dias. O Sindipetro-RN também denunciou que a gerência do Ativo Mar bloqueou o acesso dos trabalhadores à página do sindicato na internet, assim como o recebimento dos boletins eletrônicos.
Ônibus da Reduc é alvo da onda de violência no Rio. Motorista foi baleado
A onda de violência exacerbada que toma conta do Rio de Janeiro nestes últimos dias atingiu também os trabalhadores da Reduc. Na noite de quarta-feira, 24, Reginaldo Gomes, motorista que fazia o transporte dos petroleiros do turno das 23 horas, foi atingido por um tiro na cabeça, após bandidos pararem e incendiarem o ônibus na Avenida Brasil. O motorista foi socorrido e não corre risco de morte, mas permanece internado no Hospital Getúlio Vargas. Apenas um passageiro estava no ônibus. Ele não foi atingido pelos disparos e pode prestar os primeiros socorros ao motorista. A gerência da Reduc está fornecendo táxi para o transporte dos trabalhadores do turno que moram próximo às áreas de conflito.