MPT manterá investigação sobre atos antissindicais da Petrobrás e da Transpetro

Em reunião ontem na sede de Macaé, a diretoria colegiada do Sindipetro-NF decidiu que manterá, independentemente dos resultados das assembléias que avaliarão indicativo de aceitação da contraproposta de ACT feita pelo sistema Petrobrás, as denúncias junto ao Ministério Público do Trabalho contra as práticas antissindicais da empresa.
 
Em reunião na segunda, 21, em Brasília, a Procuradoria Geral do Trabalho anunciou que abriu procedimento para apurar as denúncias feitas pela FUP e por sindicatos petroleiros, entre eles o Sindipetro-NF.
 
Representando a FUP na reunião, o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, listou uma série de atitudes da Petrobrás que atentam contra a livre organização dos trabalhadores. Vários casos do Norte Fluminense foram lembrados.
 
Entre as denúncias, estão o bloqueio do acesso a sindicalistas em bases da Petrobrás, especialmente em Cabiúnas — curiosamente suspenso nesta semana, após a reunião com o MPT —, a mobilização de equipes de contingência para inviabilizar a greve, o fornecimento de fotografias de sindicalistas para seguranças patrimoniais, o corte no acesso aos veículos de comunicação do sindicato na internet, a punição de trabalhadores na Greve pela Vida, em 22 de agosto, entre outras.
 
Também foram relatadas práticas semelhantes no Paraná e na Bahia. Além disso, foi destacado que a Petrobrás se negou a negociar um acordo de produção mínima para atender às necessidades inadiáveis da população, como determina a Lei de Greve.
 
Clique aqui para ver, na íntegra, em PDF, a ata da reunião entre a FUP, a Petrobrás, a Transpetro e a Procuradoria Geral do Trabalho.