Mulheres de Macaé e Campos realizam atos pelo 8 de março

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Militantes e diretoras dos movimentos sociais e sindicais de Macaé e Campos realizaram atos nas suas cidades para marcar a passagem do dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher.

Em Macaé a atividade começou cedo, às 10h, com uma concentração na Praça Veríssimo de Mello. As diretoras do Sindipetro-NF, Bárbara Bezerra, e o grupo de mulheres do PT , organizaram uma banca onde colocaram à disposição de quem passava cartilhas sobre direitos das mulheres, direito das domésticas, Lei Marias da Penha, jornal sobre a luta das mulheres petroleiras , entre outros.

No início do ato também foram distribuídos absorventes e folheto sobre pobreza menstrual como início da Campanha do Sindipetro-NF por políticas públicas voltadas para essa temática também. Muitas mulheres receberam com satisfação o absorvente. “Lá em casa somos quatro mulheres e nem sempre tenho dinheiro para comprar absolventes” disse uma senhora que passava no ato. Uma outra que também não quis se identificar disse “tem meses que falta um real para inteirar para comprar o absorvente!”. Essas falas mostram como essa campanha é de grande importância para as mulheres mais pobres.

O ato político teve início com o pedido da diretora Bárbara para que fosse realizado um minuto de silêncio pelas mulheres vítimas de feminicídio no Brasil. Em seguida explicou como acontecerá a campanha de pobreza menstrual dentro do movimento Petroleiro Solidário, quando serão incluídas nas cestas básicas pacotes de absorventes. “Quase 90% das mulheres atendidas pela Campanha são mulheres e negras. Mulheres que não tem acesso á políticas públicas” – comentou.

Barbara lembrou em sua fala que as mulheres são as primeiras a perder direitos quando um governo como o de Bolsonaro se instala no país. “Temos que falar de pobreza menstrual, porque de uma a cinco meninas deixam de ir para a escola porque não tem absorvente. Muitas são impedidas de seguir seu sonho, inclusive de trabalhar na indústria por conta disso” – alertou.

A diretora do NF, Jancileide Morgado,  focou sua fala no preconceito que as mulheres LGBTQIA+ sofrem e da importância do apoio de todas no combate ao machismo e feminicídio.

A ex-vereadora de macaé, Marilena Garcia, 77 anos, foi prestigiar o ato das mulheres em Macaé. Em sua fala lembrou que duas das grandes conquistas históricas para as mulheres aconteceram respectivamente no Governo Lula e Dilma, que são a Lei Maria da Penha e a do Feminícídio. Marilena fez questão de reforçar que as eleições desse ano não serão fáceis e que será preciso ocupar as ruas.

Em Campos,  foi montada uma tenda para centralizar a atividade e os materiais que foram distribuídos paa a população.  O ponto central da atividade foi quando mulheres contaram suas histórias reais emocionantes, de luta e até sofrimento, para mostrar a dificuldade cotidiana que elas enfrentam.

Para Zé Maria Rangel, o 8 de março não é um dia festivo, mas um dia de reflexão a respeito do longo camninho percorrido pales mulheres na conquista de seus direitos.

Já o Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, lembrou de tantas mulheres que embarcam nas plataformas de petróleo, muitas passam 14 dias embarcadas longe de suas famílias para poder levar o sustento no final do mês. “Esse dia deve ser marcado para exigirmos respeito a todas as mulheres e para lembrar que a luta das mulheres e de todos que lutam por um mundo melhor com equidade de gênero” – concluiu Tezeu.