Na semana da Sipat, insegurança continua

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Enquanto a Petrobrás realiza uma Sipat para constar do calendário, com palestras no auditório da UN-BC e transmissão por vídeo conferência para as plataformas, a realidade de insegurança da categoria continua a mostrar a sua verdadeira face. O Sindipetro-NF continua recebendo relatos das unidades sobre as condições de trabalho, além de denúncias sobre ocorrências em vôos para as plataformas. A entidade estimula que mais relatórios sejam enviados.
 Na P-51, os trabalhadores estão preocupados com o fato da unidade não ter passado em um primeiro teste de inclinação. Para ontem estava prevista outra verificação. Também é preocupante a geração inconstante de um gerador provisório, com quedas freqüentes, vazamentos no sistema de incêndio e falta de controle no número de pessoas a bordo.
 Em Pargo, a gerência “comemora” nove anos sem acidentes com afastamento, quando na verdade há um mascaramento de várias ocorrências graves. Os trabalhadores enviaram ao sindicato registro de casos que deveriam ter gerado afastamento se a empresa não tentasse encobrir a realidade. São exemplos a queda de um funcionário de uma contratada, há cerca de cinco anos, da torre na sonda; o desprendimento da placa do medidor de gás que atingiu um operador da Petrobrás, há cerca de dois anos, e provocou um corte na cabeça do trabalhador; a queda, no último dia 9, de uma peça sobre o pé de um técnico instrumentista, que teve quebrados dois dedos.
 Da PGP-1, o sindicato recebeu relatos que incluem, entre outros pontos, a existência de acomodações em rota de movimentação de cargas, dumper corta fogo danificados, linhas de óleo e gás com furos tampadas com bandagem, elevado numero de RTIs e a operação de guindaste sem célula de carga.
Reunião da comissão de SMS
 A FUP se reúne com o gerente de SMS Corporativo da Petrobrás, Ricardo Azevedo, na comissão de SMS, para discutir as propostas da Federação para uma nova política de saúde e segurança na empresa. A reunião acontece no próximo dia 5.

Martírio continua nos vôos

 Em Macaé, cancelamentos de vôos estão provocando tumultos porque a Petrobrás está mantendo trabalhadores o em espera durante quase todo o dia no aeroporto, quando o desejável é que sejam dispensados para descanso se o atraso ultrapassar quatro horas. O procedimento atual da Petrobrás provoca risco à segurança, já que o petroleiro chega para o trabalho na unidade depois de passar um dia esperando no aeroporto.  
 Na sexta, 21, os vôos LCP e LCR da empresa Líder, originários do Farol de São Tomé com destino a P-52, foram cancelados após três tentativas de pouso na plataforma e retornaram ao Farol. Segundo o piloto, o motivo do cancelamento foi turbulência no helideck da plataforma causada pela mudança do vento predominante, pela frente fria e em razão de a estrutura da plataforma oferecer uma barreira física.
 No sábado, 15, um vôo de um SuperPuma da BHS para a P-08 teve que retornar a Macaé. De acordo com informações dos trabalhadores, soou o alarme de limalha no óleo do motor, aviso semelhante a outro ocorrido em helicóptero da mesma empresa que caiu em fevereiro deste ano.